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Caminhos do Café

Publicado: Sexta, 23 de Fevereiro de 2018, 19h17 | Última atualização em Sexta, 20 de Julho de 2018, 18h10

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    Januária Teive de Oliveira
    Historiadora e pesquisadora do Arquivo Nacional

     

    Ah, como é doce o seu sabor.
    Delicioso como milhares de beijos,
    mais doce que um moscatel.
    Eu preciso de café.”
                             (Johann Sebastian Bach)

     

    Em 1732, Johann Sebastian Bach (1685-1750), um dos maiores nomes da música clássica, compôs KaffeeKantate (Cantata do café), uma pequena ópera cômica sobre o café. A composição narra a história de um pai rabugento que tenta convencer sua filha a não tomar a bebida estimulante, oferecendo-lhe, em troca, um noivo. Novidade na Alemanha e em toda a Europa até então, o produto exótico do oriente despertava interesse, mas também desconfiança, principalmente por parte da Igreja católica, recém-saída da Contrarreforma, visto que era uma mercadoria proveniente do mundo árabe, consumida pelos hereges do Islã. Por isso, o pai empenha-se em dissuadir sua filha da ideia de provar a bebida. No entanto, a despeito de todas as restrições morais ao café, a bebida logo caiu no gosto dos europeus, tornando-se um hábito e, mais do que isso, fonte de riqueza, pois teria uma grande potencialidade comercial.

    Originário do norte da África, o café teve seu consumo propagado a partir da Península Arábica, sendo a cidade de Veneza porta de entrada na primeira metade do século XVII [1]. Esta era a região dos mercadores, importante centro comercial que, junto a Gênova, detinha o monopólio do comércio com os árabes na Europa. Daí em diante, o produto se alastrou por todo o continente. Proliferaram-se os cafés públicos [2], espaços dedicados ao consumo da bebida, frequentados pela alta nobreza e a rica burguesia. As xícaras do líquido raro, elegante e cobiçado não poderiam faltar nos palacetes aristocráticos. O café ganharia status de especiaria.

    Na corrida mercantilista por produtos vindos do oriente, o valioso grão despertou o  interesse das potências europeias, levando-as a buscar maneiras de desenvolver o plantio em suas colônias, pois, até fins do século XVII, cabia aos árabes a exclusividade da lavoura cafeeira [3]. Os flamengos foram os primeiros a trazer mudas da planta para a Europa, em 1616. No Jardim Botânico de Amsterdam, realizaram-se estudos sobre as possibilidades de sua adaptação e, no século seguinte, a rubiácea seria introduzida na América do Sul.

    No Brasil, sua chegada data de 1727, quando Francisco Mello Palheta, membro integrante da expedição militar enviada a Caiena pelo governo do Pará, com o objetivo de preservar os limites estabelecidos entre a Guiana Francesa e a capitania do Maranhão e Grão-Pará, trouxe as primeiras mudas e frutos de café. Segundo a historiadora Ana Luiza Martins, a figura de Palheta está inserida nesse contexto de defesa do território, mas também de exploração colonial, na busca por novos produtos agrícolas de interesse mercantil [4].

    Área colonial periférica, a Amazônia lusa teve uma ocupação efetiva tardia, com um caráter político-militar fortemente marcado. Era grande a presença de estrangeiros em feitorias e aldeias, explorando as riquezas naturais da região. A colonização portuguesa na capitania do Pará foi, assim, caracterizada pelo envio de expedições de reconhecimento e fundação de fortificações – que, eventualmente, deram origem a povoados –, bem como pelo estabelecimento de missões jesuíticas – erguidas à categoria de vilas. Essa política propunha-se, sobretudo, a promover o povoamento, garantindo a defesa e a posse do território [5]. Em ensaio histórico detalhado sobre economia e sociedade em áreas periféricas [6], Ciro Flamarion Cardoso, ao estudar os casos da Guiana Francesa e do Pará, diria sobre a ocupação do último:

    "[O Pará] fazia figura de área periférica na América portuguesa. Ocupada por razões político-militares em primeiro lugar, apresentando dificuldades de penetração e aproveitamento bem maiores do que as usuais no Estado do Brasil, não dispondo de jazidas conhecidas de metais ou pedras preciosas na época colonial (apesar de boatos intermitentes a respeito), a imensa região chegou atrasada a uma competição por colonos, capitais, mercados e escravos negros, na qual esteve sistematicamente em inferioridade de condições diante do Brasil" (Cardoso, 1984, p. 115).

    Quando da introdução do café por Palheta, a economia da região assentava-se no extrativismo vegetal das “drogas do sertão” e nos apresamentos de índios, escravizados de diversas maneiras, apesar das numerosas medidas de proibição e de proteção aos nativos. No entanto, na segunda metade do século XVIII, o Pará assistiu a uma alteração na política de ocupação do Estado português na região, norteada pelas reformas pombalinas que tinham, entre outros propósitos, o reestabelecimento do controle lusitano sobre as riquezas que iam para Lisboa, vindas de seus domínios ultramarinos.

    Segundo Flamarion, as transformações político-econômicas tiveram três eixos centrais: a criação da Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, cujos principais objetivos eram a introdução de mão de obra escrava negra e o incremento do comércio da região; a redistribuição das terras confiscadas dos jesuítas após sua expulsão, favorecendo o povoamento e o desenvolvimento agrícola; e a abolição da escravidão indígena em 1757, em uma tentativa de integrá-los à sociedade colonial [7]. Com essas medidas, a movimentação anual de embarcações aumentou e dinamizou-se a produção e a exportação de gêneros locais. A economia extrativa cederia espaço para a agricultura, ainda em moderado desenvolvimento.

    O café passou a fazer parte da multiplicidade de produções agrícolas e exportações da capitania do Pará, ao longo da segunda metade dos setecentos e início dos oitocentos, ao lado de outros produtos como o anil, o tabaco, o cacau, o açúcar, o algodão e as “drogas”. Esse aspecto econômico da região pode ser observado nas correspondências dos governadores do Pará com a corte na segunda metade dos setecentos, onde, entre outras coisas, listavam-se os produtos enviados para a cidade de Lisboa: o valioso grão figurava entre os itens exportados [8].

    Em fins do século XVIII, o naturalista português Alexandre Rodrigues Ferreira, em sua Viagem filosófica ao rio Negro [9], descreveria que os gêneros de melhor adaptação ao solo amazônico e, ao mesmo tempo, de maior efetividade comercial para a capitania seriam o café, o tabaco e o anil, creditando à expansão da agricultura o principal fator para um póstero desenvolvimento da região [10]. No entanto, apesar de certo progresso na agro exportação, o autor especifica uma série de entraves para o crescimento econômico, entre eles: o reduzido número de trabalhadores escravos – apesar da tendência à expansão do uso de mão de obra negra inaugurada pela Companhia Geral de Comércio, a insuficiência de capitais na região reduzia o número de compradores locais de cativos – e a falta de aprimoramento técnico agrícola que, segundo Ferreira, baseava-se “no machado e na enxada”.

    Apesar das dificuldades, as mudas de café floresceram em solo amazônico, bem como em outras regiões da colônia de norte a sul, mas sem grande expressão no balanço da economia brasileira. De forma limitada em relação a outros produtos agroexportadores como o açúcar, o fumo e o algodão, o nordeste brasileiro também conheceu a cultura cafeeira. O historiador Affonso Taunay destaca Ceará, Pernambuco e Bahia como produtores do grão ainda no século XVIII, mas de forma experimental e diminuta, muitas vezes para o consumo doméstico das fazendas ou para uso local [11]. O ofício do inglês Carlos Fraser para a Junta de Comércio do Rio de Janeiro [12] demonstra o interesse em investir na lavoura do café em terras da Bahia:

    Senhor,

    Diz Carlos Fraser, inglês de nação, que tendo-se constantemente empregado no exercício da agricultura, calculando as vantagens, que ela oferece; e observando de próximo a ordem regular das estações, com a fertilidade natural do terreno do Brasil; pretende pôr em prática o fruto das suas observações, e experiências na circunvizinhança da Bahia, ou Pernambuco, estabelecendo um algodoal, e cafezal juntamente, e unidos, para melhor aproveitar as vantagens, que oferece o trabalho dos escravos, e do lavrador (...).

    (Fraser, 1810).                                   

    Mapas de gêneros de importação e exportação da Bahia e dos navios que entraram e saíram de seu porto também atestam o cultivo do café na região. Na primeira década do século XIX, a capitania enviaria a Lisboa e outros portos, pequenas quantidades do grão; pequenas quando em relação a culturas mais significativas, como o açúcar [13], pois a longa tradição agrícola canavieira e algodoeira ainda sobrepujava a aceitação do café.

    Foi então no Rio de Janeiro e, logo depois, nas regiões adjacentes de Minas Gerais e São Paulo que a cultura cafeeira experimentou, um século e meio após sua introdução em solo luso-americano, seu esplendor. Enquanto na Europa e nos Estados Unidos o consumo da bebida crescia consideravelmente, impondo um constante aumento da produção, no sul do Brasil abria-se caminho para aquele que se tornaria o ouro negro brasileiro – etapa da nossa formação econômica que a historiografia tradicional chamaria de ciclo do café [14].

    Haverá sempre no Norte uma pequena produção de café: no Pará, no Ceará, em Pernambuco; na Bahia também, não em sua velha região açucareira, no Recôncavo, mas no Extremo-Sul da província: Ilhéus e Porto Seguro. Mas, tudo isto contará sempre muito pouco. É no Rio de Janeiro sobretudo, logo depois nas regiões contíguas de Minas Gerais e São Paulo, e finalmente no Espírito Santo (este último com índices já muito menores) que se localiza realmente a riqueza cafeeira do Brasil (Prado Júnior, 2006, p. 117).

    De acordo com as análises do historiador Caio Prado Júnior e do economista Celso Furtado, realizadas nas décadas de 1940 e 1950, as mudas de café foram plantadas no Rio de Janeiro em um esforço para solucionar a crise econômica do final do século XVIII, provocada pelo esgotamento do ouro e pela decadência das lavouras tradicionais do Brasil – cana-de-açúcar, algodão e tabaco [15]. Dominada pelo capital mercantil português, a economia colonial não teria dinâmica própria, dependendo exclusivamente da conjuntura internacional. Nas palavras de Prado Júnior:

    Se vamos à essência da nossa formação, veremos que na realidade nos constituímos para fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros; mais tarde, ouro e diamante; depois algodão, e em seguida café, para o comércio europeu. Nada mais que isto. É com tal objetivo, objetivo exterior, voltado para fora do país e sem atenção a considerações que não fossem o interesse daquele comércio, que se organizarão a sociedade e a economia brasileiras (Prado Júnior, 2006. p. 12).

    Tal modelo explicativo defende a ideia de que a economia brasileira estaria voltada para o exterior, portanto a expansão da cultura cafeeira teria sido resultado do interesse metropolitano em desenvolver uma nova monocultura para exportação, tendo em vista a grande demanda internacional pelo produto. Ao longo do século XVIII, o café adquire importância nos mercados estrangeiros, tornando-se então o principal alimento de luxo nos países do ocidente. No início do século XIX, a bebida já era apreciada por d. João VI: em carta de 1801 a João Caetano de Lima, intendente da Marinha, o conde de Resende, d. José Luís de Castro, vice-rei do Brasil, avisava que se encontravam prontas as dez arrobas de café que deveriam ser remetidas anualmente ao príncipe regente [16]. E é isto que, segundo a historiografia tradicional, estimulará largamente sua cultura nas colônias tropicais de América e Ásia.

    No entanto, na década de 1980, diversos aspectos dessa visão tradicional da economia brasileira começaram a ser revistos. Trabalhos como os dos historiadores João Fragoso e Manolo Florentino, entre outros, reconhecem a natureza latifundiária, monocultora e orientada para exportação da economia colonial, todavia chamam atenção para o fato de que esta visão ignorava seu dinamismo interno e a formação de um mercado atlântico sul com suas idiossincrasias [17]. Ou seja, a economia colonial, mesmo sendo agroexportadora, portanto ligada ao mercado externo e escravagista, não se esgota nesses elementos estruturais. Ao lado da plantation, observa-se a presença de um mercado interno, de acumulações endógenas e de uma comunidade mercantil residente. A dinâmica do poder local, o abastecimento do mercado interno e as transações comerciais atlânticas fora dos monopólios, como o próprio tráfico de escravos [18], fugiam do controle da metrópole portuguesa.

    A formação de um grupo comercial residente na colônia ligado à exportação, mas também ao abastecimento interno e às atividades financeiras, geraria certa maleabilidade da economia colonial. Segundo Fragoso, a disponibilidade de capitais provenientes das acumulações endógenas fornecia a liquidez necessária para o financiamento da produção, dando à colônia possibilidades de decidir e investir, mesmo em conjunturas internacionais adversas. A montagem de sistemas agrários escravagistas exportadores deu-se, ainda, dentro do mundo colonial, e não totalmente determinada por injunções externas. Somente uma prévia concentração de capital na região sudeste explicaria a formação da cultura agroexportadora cafeeira em período de crise econômica internacional, com a retração dos preços dos produtos agrícolas no início do século XIX. Para o autor, “(...) o custeio da empresa agroexportadora era feito, em grande medida, por uma elite mercantil colonial autônoma”. [19]

    Esses comerciantes de grosso trato haviam se tornado o grupo mais dinâmico e economicamente poderoso e, em um esforço para garantir estabilidade econômica e status social, vão investir seus lucros na compra de grandes propriedades rurais, escravos e títulos. A inversão da acumulação mercantil endógena na produção agrícola garantiria, assim, a permanência da economia escravagista colonial; o que existia era um “jogo entre o capital mercantil e a agroexportação, onde o primeiro recria o segundo periodicamente” [20]. A formação da agricultura cafeeira fluminense estaria, portanto, inserida neste contexto: em uma conjuntura econômica internacional desfavorável, a empresa do café no Rio de Janeiro foi financiada pela elite comercial residente na colônia.

    As mudas de café que chegaram à cidade em meados dos setecentos destinaram-se, a princípio, ao consumo doméstico. Mas, segundo o historiador Nireu Cavalcanti [21], já em fins do século XVIII, a produção cafeeira suplantava a demanda interna, gerando excedentes que seriam direcionados ao mercado internacional. Em pouco tempo, o café espalhou-se por chácaras do centro e arredores do Rio de Janeiro, tornando-se seu plantio bastante expressivo. Os inventários post mortem do período nos dão um panorama da presença de cafezais nas propriedades fluminenses. No de Antônio Pereira de Ferreira, por exemplo, dos bens deixados e requeridos por sua esposa e testamenteira, Ana Maria do Bonsucesso, em 1798, constam: casas, escravos, arvoredos, como pés de laranja, de café e de cacau, limeiras, parreiras e bananeiras; objetos de prata e de ouro, como fivelas de sapatos e brincos cravejados de diamantes e topázios; objetos de latão, livros, raízes, ervas, flores, óleos, e diversas partes de animais, como dentes de javali e olhos de caranguejo [22].

    Na virada do século XVIII para o XIX, o café cobriu importantes morros da cidade, na Tijuca, no Corcovado, na Gávea e em Jacarepaguá, além da região de São Gonçalo. O município do Rio de Janeiro e, em seguida, o sul fluminense foram os cenários ideias para o florescimento da cultura cafeeira, estendendo-se pelo Vale do Paraíba do Sul, por Barra do Piraí e pela Baía da Ilha Grande. Nesta, parte da lavoura açucareira seria substituída pelo plantio da rubiácea. Em carta de 1811, d. Fernando José de Portugal Castro, ministro e secretário de Estado, orienta Francisco Cláudio Álvares de Andrade a não desenvolver transações comerciais com uma galeria inglesa em Ilha Grande, interessada em vender sal e comprar café. O conde de Aguiar não proibia o comércio, apenas aconselhava que as transações fossem feitas na alfândega [23].

    Para além do clima e do solo favoráveis, o que se viu foi uma disponibilidade de capitais endógenos a serem investidos na agricultura. Em um estudo sobre a montagem de sistemas agroexportadores na fronteira agrícola fluminense, na região do Vale do Paraíba do Sul, Fragoso [24] mostra que, entre os grandes senhores de café, encontramos famílias oriundas do comércio.

    Em movimento de expansão para o interior da província, a rubiácea chegaria à Zona da Mata mineira e a São Paulo. Concomitante a difusão em larga escala do seu consumo na era industrial, a escalada da produção brasileira permitiu a recuperação econômica do sudeste após a crise da mineração, revertendo o capital acumulado para o cultivo do café. Na segunda metade do século XIX, o Brasil respondia por mais da metade da exportação mundial dessa especiaria, que, internamente, passou a liderar nossa balança comercial.

    O grão de origem etíope percorreu um longo caminho até seu apogeu em terras roxas brasileiras. Da África ao oriente para a mesa europeia. Fez-se necessário desenvolver seu plantio em áreas coloniais, chegando ao Brasil na primeira metade dos oitocentos. A Amazônia lusa, o nordeste e o Rio de Janeiro experimentaram a lavoura cafeeira mesmo antes do período mais abordado pela historiografia, a época áurea dos barões de café do século XIX. Os documentos do Arquivo Nacional ajudam a contar um pouco dessa trajetória, trazendo luz ao cultivo de um produto ainda secundário na balança comercial brasileira, mas com muita história para contar.

    NOTAS:

    [1] Martins, Ana Luiza. História do café. São Paulo: Contexto, 2008, p. 32.

    [2] Na Europa, os cafés converteram-se em espaços públicos de grande efervescência intelectual e política, locais privilegiados da sociabilidade masculina – funcionavam como salas de leitura, de discussão e debate de ideias, onde se reuniam importantes figuras políticas e culturais. Ver: Louzada, Maria Alexandre. A rua, a taberna e o salão: elementos para uma geografia histórica das sociabilidades lisboetas nos finais do Antigo Regime. In: Ventura, Maria da Graça Mateus (coord.). Os espaços de sociabilidade na Ibero-América. Lisboa: Ed. Colibri, 2004, p. 95-120.

    [3] Os grãos do café chegavam à Europa sem o seu pergaminho – película interna que envolve a semente –, parte responsável pela germinação das mudas. Segundo Affonso Taunay, acreditava-se que os árabes ferviam as sementes para anular sua propriedade germinativa. Ver: Taunay, Affonso. Pequena história do café no Brasil (1727-1937). Rio de Janeiro: Departamento Nacional do Café, 1945, p.16.

    [4] Martins, Ana Luiza. Op. cit., p. 20. Ana Luiza afirma que o Brasil já conhecia o café desde o século XVII, mas, nesse momento, a procura pelo produto no mercado europeu ainda era pequena. O aumento da demanda pelo grão no século seguinte foi responsável pela consagração da figura de Palheta, que também contou com a ajuda da historiografia do início do século XX, empenhada na construção de grandes heróis nacionais.

    [5] A legalização do argumento da posse da terra – uti possidetis – seria efetivada com a assinatura do Tratado de Madri, entre Portugal e Espanha, em 1750.

    [6] Cardoso, Ciro Flamarion. Economia e sociedade em áreas coloniais periféricas: Guiana Francesa e Pará (1750-1817). Rio de Janeiro: Graal, 1984.

    [7] Para o historiador Kenneth Maxwell, tal medida seria a forma mais eficaz de garantir a posse territorial das áreas fronteiriças da América portuguesa: “Como não era humanamente possível obter o número de pessoas necessárias do próprio Portugal ou das ilhas adjacentes (Açores e Madeira) sem convertê-los completamente em desertos, era essência abolir todas as diferenças ente índios e portugueses. [...] os índios, portanto, teriam que ser libertados da tutela religiosa para que se incentivasse a miscigenação entre portugueses e índios, para assegurar um crescimento contínuo da população”. Ver: Maxwell, Kenneth. Marquês de Pombal: paradoxo do Iluminismo. São Paulo: Cia. das Letras, 1996, p. 53.

    [8] Arquivo Nacional. Correspondência original dos governadores do Pará com a corte. Cartas e anexos. Negócios de Portugal, códice 99.

    [9] Realizada entre 1783 e 1792, foi uma das maiores expedições científicas patrocinadas pelo governo português. A viagem filosófica tinha como objetivo realizar um levantamento fidedigno da natureza, dos recursos minerais, da fauna e flora, das tribos indígenas, da geografia e da economia do vasto território amazônico, produzindo um enorme volume documental com muitas informações sobre a grande diversidade e riqueza da região.

    [10] De acordo com o naturalista, a agricultura fixaria o índio, agora livre, à terra, defendendo as fronteiras e aumentando as arrecadações das débeis capitanias do norte.

    [11] Taunay, Affonso. Op. cit., p. 32 e 33.

    [12] Arquivo Nacional. Junta do Comércio. Empregados. Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação. Caixa 386, pct. 1. Rio de Janeiro, 1810.

    [13] Arquivo Nacional. Bahia. Ministério do Reino. Correspondência do presidente da província. Série interior, IJJ 321. Bahia, 30 de janeiro de 1811. Arquivo Nacional. Pernambuco. Ministério do Reino. Correspondência do presidente da província. Série interior, IJJ 237. Recife, 22 de abril de 1808.

    [14] A tese dos ciclos econômicos foi criada pelo empresário Roberto Simonsen e sistematizada no clássico livro História econômica do Brasil: 1500-1820, publicado em 1937, onde o autor destaca a dependência do Brasil aos vários tipos de monopólios – pau-brasil, cana-de-açúcar, ouro, café – que existiram durante a nossa formação econômica, sempre a colônia subordinada aos interesses da metrópole. Seria uma tentativa de compreensão do subdesenvolvimento brasileiro a partir de perspectivas históricas.

    [15] Prado Júnior, Caio. História econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2006.

    [16] Arquivo Nacional. Registro de correspondência do vice-reinado com diversas autoridades. Secretaria de Estado do Brasil. Códice 70, v. 20. Rio de Janeiro, 1801.

    [17] Redes sociais, políticas e mercantis forjadas no seio das sociedades portuguesa e brasileira pelo comércio atlântico, sobretudo o de escravos, abrangendo rotas no ultramar africano e asiático. Ver: Fragoso, João; Guedes, Roberto;  Krause, Thiago. A América portuguesa e os sistemas atlânticos na época moderna: monarquia pluricontinental e Antigo Regime. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 2013.

    [18] Em sua tese de doutoramento, Em costas negras: um estudo sobre o tráfico atlântico de escravos para o porto do Rio de Janeiro (1790-1830), Manolo Florentino chama atenção para a predominância de negociantes residentes na colônia envolvidos no lucrativo tráfico de cativos africanos, contrariando a tese do exclusivo metropolitano.

    [19] Fragoso, João. Homens de grossa aventura: acumulação e hierarquia na praça mercantil do Rio de Janeiro (1790-1830). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1992, p.133.

    [20] Ibidem, p. 32.

    [21] Cavalcanti, Nireu. O Rio de Janeiro setecentista: a vida e a construção da cidade – da invasão francesa até a chegada da corte. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004, p. 87.

    [22] Arquivo Nacional. Antônio Pereira de Ferreira. Inventários, maço 434, proc. 8384. Rio de Janeiro, 10 ou 12 de janeiro de 1798. No fundo Inventários, encontramos muitos outros documentos arrolados nos processos post mortem que citam o café como bem.

    [23] Arquivo Nacional. Rio de Janeiro. Ministério do Reino e Império. Alfabeto do livro 1° de Avisos. Série interior, IJJ9 18. Rio de Janeiro, 1811.

    [24] Fragoso, João. Op. cit., p. 273-299.

  • Conjunto documental: Bahia. Ministério do Reino. Correspondência do presidente da província

    Notação: IJJ9 321

    Datas-limite: 1811-1812

    Título do fundo: Série interior

    Código do fundo: AA

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa de exportação dos produtos da capitania da Bahia para diversos países durante o ano de 1811, relatando que a quantidade de café foi de 3.277 arrobas.

    Data do documento: [1811-12]

    Local: Bahia

    Folha(s): 117

     

    Conjunto documental: Caiena

    Notação: caixa 1192

    Datas-limite: 1792-1816

    Título do fundo: Caiena

    Código do fundo: OF

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: receita do governo de Caiena do ano de 1812 em que foi contabilizado nos armazéns reais no dia 31 de dezembro de 1812 uma quantidade de café no valor de 2277 francos.

    Data do documento: 31 de janeiro de 1813

    Local: Caiena

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Caiena

    Notação: caixa 1192

    Datas-limite: 1792-1816

    Título do fundo: Caiena

    Código do fundo: OF

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: ofício de João Severiano Maciel da Costa, intendente geral de Caiena e Guiana determinando o preço do imposto dos produtos nos armazéns, entre eles o café pilado que possuía taxa de 35 centésimos por saca.

    Data do documento: 17 de fevereiro de 1810

    Local: Caiena

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Caiena

    Notação: caixa 1192

    Datas-limite: 1792-1816

    Título do fundo: Caiena

    Código do fundo: OF

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa geral das importações e exportações de Caiena e Guiana do ano de 1812 foi registrado, entre outros produtos, a exportação de café na quantia de 32.672 francos.

    Data do documento: s.d.

    Local: Caiena

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Caiena

    Notação: caixa 1192

    Datas-limite: 1792-1816

    Título do fundo: Caiena

    Código do fundo: OF

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa geral das importações e exportações de Caiena e Guiana do ano de 1813 em que foi registrado, entre outros produtos, a exportação de café na quantia de 34.550 francos.

    Data do documento: s.d.

    Local: Caiena

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Caiena

    Notação: caixa 1192

    Datas-limite: 1792-1816

    Título do fundo: Caiena

    Código do fundo: OF

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa geral das importações e exportações de Caiena e Guiana do ano de 1814 em que foi registrado, entre outros produtos, a exportação de café na quantia de 15.036 francos.

    Data do documento: s.d.

    Local: Caiena

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Goiás. Ministério do Império. Ofícios dos presidentes

    Notação: IJJ9 493

    Datas-limite: 1771-1820

    Título do fundo: Série Interior

    Código do fundo: AA

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: carta de Francisco de Assis Mascarenhas, governador da capitania de Goiás, para Rodrigo de Sousa Coutinho informando que com a mudança do sistema da agricultura a capitania poderá exportar vários produtos, entre eles o café.

    Data do documento: 22 de outubro de 1808

    Local: s.l.

    Folha(s):-

     

    Conjunto documental: Fundos não identificados – Documentos não identificados

    Notação: 4J-80

    Datas-limite: 1821-1832

    Título do fundo: Diversos GIFI

    Código do fundo: OI

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: decreto de dom Diogo de Menezes, conde de Louzã, ministro de Estado da Fazenda nomeando José Benedicto de Cespes escrivão da mesa do consulado da alfândega, nomeação esta justificada pela mesa ter feito a arrecadação do dízimo do café e de outros produtos.

    Data do documento: 30 de julho de 1821

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 1v-2

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 02

    Datas-limite: 1768-1771

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: lista da carga da frota da companhia geral do comércio onde se encontram entre outros produtos 5.462.016 arrobas de café, que serão vendidos a 2400 réis a arroba totalizando 13:110.000 réis.

    Data do documento: 30 de novembro de 1765

    Local: s.l

    Folha(s): 40

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 02

    Datas-limite: 1768-1771

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: lista da carga que leva a corveta São Francisco do Pará para Lisboa onde se encontra, entre outros produtos, 131 arrobas de café. A companhia possui 118 arrobas a preço de 2400 a arroba totalizando 283.853 réis, sendo as 13 arrobas restantes para pagar o valor do dízimo no valor de 35.000 réis.

    Data do documento: 15 de maio de 1767

    Local: s.l.

    Folha(s): 166

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 02

    Datas-limite: 1768-1771

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: lista da carga da frota de navios que partirão do Pará para Lisboa levando entre outros produtos 5941 arrobas de café. Tendo a companhia 5.049 arrobas de café a preço de 2400 a arroba totalizando 12.118.612 réis, 589 arrobas destinadas para pagar o dízimo a preço de 2200 a arroba totalizando 1.297.862 réis e 302 arrobas de particulares.

    Data do documento: s.d.

    Local: s.l.

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Junta do Comércio. Empregados

    Notação: caixa 386, pct. 01

    Datas-limite: 1810-1846

    Título do fundo: Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação

    Código do fundo: 7X

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: ofício de Carlos Fraser, inglês, para a junta de comércio, em que pretende estabelecer um cafezal e um algodoal juntos, e solicita uma recomendação ao governador da Bahia para proteger suas diligências e facultar-lhe terras que estejam desocupadas.

    Data do documento: 1810

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s):-

     

    Conjunto documental: Junta do Comércio. Empregados

    Notação: caixa 386, pct. 01

    Datas-limite: 1810-1846

    Título do fundo: Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação

    Código do fundo: 7X

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: resposta da junta de comércio ao ofício do inglês Carlos Fraser, afirmando que pelo decreto de 25 de novembro de 1808 se faculta a concessão de sesmarias aos estrangeiros residentes no Brasil. Quanto à proteção requerida, pede ao governador que seja atendida na proporção que se encontram os estabelecimentos e as vantagens prometidas.

    Data do documento: 27 de outubro de 1810

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s):-

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 08

    Datas-limite: 1787-1787

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa da carga e dos valores dos gêneros exportados do Pará para Lisboa no navio Nossa Senhora da Graça Maranhão que, entre outros produtos, transporta 1120 arrobas de café de lavradores e 15 arrobas de particulares a preço de 4800 réis a arroba a partir em 22 de abril de 1788.

    Data do documento: s.d.

    Local: s.l.

    Folha(s):-

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 08

    Datas-limite: 1787-1787

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa da carga e dos valores dos gêneros exportados do Pará para Lisboa no navio Nossa Senhora do Carmo que, entre outros produtos, transporta 260 arrobas de café de lavradores e 22 arrobas de particulares a preço de 4500 réis a arroba a partir em 1º de novembro de 1788.

    Data do documento: s.d.

    Local: s.l.

    Folha(s):-

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 08

    Datas-limite: 1787-1787

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa da carga e dos valores dos gêneros exportados do Pará para Lisboa na corveta Nossa Senhora da Nazaré e São José que, entre outros produtos, transporta 316 arrobas de café de lavradores e 6 arrobas de particulares a preço de 4500 réis a arroba a partir em 13 de janeiro de 1789.

    Data do documento: s.d.

    Local: s.l.

    Folha(s):-

     

    Conjunto documental: Correspondência da Corte com o vice-reinado

    Notação: códice 67, vol. 23

    Datas-limite: 1798-1798

    Título do fundo: Secretaria de Estado do Brasil

    Código do fundo: 86

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: carta de d. Rodrigo de Souza Coutinho, o futuro conde de Linhares, ao conde de Rezende, d. José de Castro, vice-rei do Brasil, informando que, a fim de obter o aumento da agricultura, é necessário introduzir novos artigos de cultura ou aperfeiçoar os antigos métodos de cultivar o terreno, recolher e preparar as produções, poupando mão-de-obra que pode ser empregada em outros setores. Recomenda, que a câmara estabeleça prêmios para os agricultores pioneiros na introdução das novas práticas, e que a Mesa de Inspeção remeta à Secretaria de Estado uma descrição dos métodos praticados na cultura e manipulação de gêneros como algodão, café e cana, e das máquinas de que se servem.

    Data do documento: 4 de janeiro de 1798

    Local: Lisboa

    Folha(s): 4

     

    Conjunto documental: Bahia. Ministério do Reino. Correspondência do presidente da província

    Notação: IJJ9 320

    Datas-limite: 1811-1812

    Título do fundo: Série Interior

    Código do fundo: AA

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: correspondência do conde dos Arcos, d. Marcos de Noronha e Brito, que foi vice-rei do Brasil, ao conde de Aguiar, Fernando José de Portugal e Castro, que foi Secretário de Estado de Negócios Estrangeiros e da Guerra e vice-rei do Brasil, referente aos mapas de gêneros de importação e exportação da Bahia e dos navios que entraram e saíram de seu porto. O mapa referente aos produtos de exportação contém produtos como açúcar, algodão, arroz, café, sebo e tabaco, da capitania da Bahia para Portugal e outros portos.

    Data do documento: 30 de janeiro de 1811

    Local: Bahia

    Folha(s): 16–17

     

    Conjunto documental: Bahia. Ministério do Reino. Correspondência do presidente da província

    Notação: IJJ9 320

    Datas-limite: 1811-1812

    Título do fundo: Série Interior

    Código do fundo: AA

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: documento redigido pelo escrivão Afonso Liberato, referente ao termo de fiança e obrigatoriedade dos estrangeiros que trabalham na estrada nova da administração do coronel José de Sá Bitencourt, que fará a repartição e distribuição dos escravos, destinados aos estrangeiros da nova estrada, para cultivarem a terra de sua sesmaria plantando, além dos demais gêneros de plantação úteis, o café.

    Data do documento: 30 de outubro de 1806

    Local: Bahia

    Folha(s): 25-25v / 41-41v

     

    Conjunto documental: Junta do comércio. Empregados

    Notação: caixa 386, pct. 03

    Datas-limite: 1817-1847

    Título do fundo: Junta do comércio, agricultura, fábricas e navegação

    Código do fundo: 7X

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: documento a respeito do requerimento do francês Luis Lecesne, acerca do pedido de isenção dos direitos de máquinas que vieram da França destinadas ao cultivo de café, que foram examinadas por Gaspar José Marques, que informou sobre sua qualidade e natureza. Segundo o documento, as máquinas encontram-se na alfândega. De acordo com o Alvará de 25 de abril de 1818, os objetos destinados à cultura e indústria são isentos de pagarem direitos. Mas, segundo o juiz da alfândega, não há legislação que favoreça o caso presente, pois o alvará citado não tem aplicação nesse caso.

    Data do documento: 24 de novembro de 1821

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Junta do comércio. Empregados

    Notação: caixa 386, pct. 03

    Datas-limite: 1817-1847

    Título do fundo: Junta do comércio, agricultura, fábricas e navegação

    Código do fundo: 7X

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: correspondência para o príncipe D. Pedro, do francês Luis Lecesne, estabelecido no sítio da Tijuca, que possui uma plantação de café, e aguarda três máquinas para serem utilizadas na lavoura, que vieram de Brest numa fragata francesa e se encontram na alfândega. Como as máquinas são de uso para beneficiar a cultura e a indústria, elas podem ser isentas de direitos pelo Alvará de 5 de abril de 1821.

    Data do documento: [1821]

    Local: s.l.

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Junta do comércio. Empregados

    Notação: caixa 386, pct. 03

    Datas-limite: 1817-1847

    Título do fundo: Junta do comércio, agricultura, fábricas e navegação

    Código do fundo: 7X

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: correspondência de Gaspar José Marques a respeito das máquinas que vieram de Brest para Luis Lecesne, para serem utilizadas na sua plantação de café. Segundo o documento, Gaspar José Marques fora à alfândega examinar as máquinas e constatou que são para serem utilizadas na lavoura de café.

    Data do documento: 17 de novembro de 1821

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Junta do comércio. Empregados

    Notação: caixa 386, pct. 03

    Datas-limite: 1817-1847

    Título do fundo: Junta do comércio, agricultura, fábricas e navegação

    Código do fundo: 7X

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: correspondência de Luiz José de Cante Melo a respeito do requerimento de isenção dos direitos das máquinas para serem utilizadas na plantação de café de Luis Lecesne. Segundo o documento, devido à legislação, o suplicante não pode obter o que pretende, pode apenas requerer as devidas providencias.

    Data do documento: 18 de outubro de 1821

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Junta do comércio. Importação e exportação. Mapas de colônias portuguesas (Brasil e domínios) e de cônsules estrangeiros para Portugal

    Notação: caixa 448, pct. 01

    Datas-limite: 1802-1822

    Título do fundo: Junta do comércio, agricultura, fábricas e navegação

    Código do fundo: 7X

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: documento de José Antônio de Mira, a respeito do resultado deduzido dos mapas de importação e exportação dos anos de 1808 a 1809, que vieram de diversas capitanias para o Rio de Janeiro. Segundo o documento, a capitania da Bahia exportou 2.726 arrobas de café em 1808 e 3.3963 arrobas de café em 1809. O Rio de Janeiro importou 11 arrobas de café em 1808 e 20 ½ arrobas de café em 1809. Outros produtos, como algodão, arroz, fumo e manteiga, também foram contabilizados além do café.

    Data do documento: 14 de setembro de 1810

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Junta do comércio. Importação e exportação. Mapas de colônias portuguesas (Brasil e domínios) e de cônsules estrangeiros para Portugal

    Notação: caixa 448, pct. 01

    Datas-limite: 1802-1822

    Título do fundo: Junta do comércio, agricultura, fábricas e navegação

    Código do fundo: 7X

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: correspondência de Silvestre José da Silva para Paulo de Oliveira Costa, informando que foi levado à Mesa da Inspeção da Bahia o mapa de exportação dos produtos da capitania da Bahia para o Reino de Portugal e para outros portos, referente ao ano de 1809 e com a nota da totalidade da exportação do ano de 1808, que foi formalizado em cumprimento da Real Ordem de Vossa Alteza Real de 16 de agosto de 1809.

    Data do documento: 14 de fevereiro de 1810

    Local: Bahia

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Junta do comércio. Importação e exportação. Mapas de colônias portuguesas (Brasil e domínios) e de cônsules estrangeiros para Portugal

    Notação: caixa 448, pct. 01

    Datas-limite: 1802-1822

    Título do fundo: Junta do comércio, agricultura, fábricas e navegação

    Código do fundo: 7X

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa referente à exportação de produtos como açúcar, algodão, arroz e café, da capitania da Bahia para diversos portos como Portugal, Angola e Rio Grande do Sul.

    Data do documento: 1809

    Local: Bahia

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Junta do Comércio. Importação e exportação. Mapas de colônias portuguesas (Brasil e domínios) e de cônsules estrangeiros para Portugal

    Notação: caixa 448, pct. 01

    Datas-limite: 1802-1822

    Título do fundo: Junta do comércio, agricultura, fábricas e navegação

    Código do fundo: 7X

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa referente à exportação de produtos como açúcar, arroz, cacau e café, da capitania da Bahia para diversos portos como Portugal, Madeira e Angola.

    Data do documento: 1808

    Local: Bahia

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Junta do comércio. Importação e exportação. Mapas de colônias portuguesas (Brasil e domínios) e de cônsules estrangeiros para Portugal

    Notação: caixa 448, pct. 01

    Datas-limite: 1802-1822

    Título do fundo: Junta do comércio, agricultura, fábricas e navegação

    Código do fundo: 7X

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: segundo o documento referente ao resumo dos mapas de importação e exportação, a exportação do Rio de Janeiro para Benguela em 1812 foi de 517 arrobas de açúcar – 982#300; 137 ditas de café – 246#600; além de diversos mantimentos e molhados. A importação de Santos para o Rio de Janeiro foi de 41447 arrobas de açúcar – 48370#000; 69 ditas de café – 82#800; 4 pipas de água ardente; além de diversos mantimentos. A importação de Santos para os portos do Brasil e Portugal foi de 23089 arrobas de açúcar – 26727#900; 523 ditas de café – 627#600; 16 pipas de azeite de baleia; além de diversos mantimentos e molhados.

    Data do documento: 1812

    Local: s.l.

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Junta do Comércio. Navegação

    Notação: caixa 373, pct. 01

    Datas-limite: 1809-1831

    Título do fundo: Junta do comércio, agricultura, fábricas e navegação

    Código do fundo: 7X

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: documento a respeito do mapa comparativo dos gêneros carregados no Maranhão, salvos, transportados e vendidos em Caiena, assinado pelo desembargador intendente geral João Severiano Maciel da Costa. Constam produtos como algodão, farinha e café. Segundo o documento, a quantidade de café carregada no porto do Maranhão foi de um saco, e a quantidade de café salva e vendida em caiena também foi de um saco.

    Data do documento: 3 de junho de 1811

    Local: Caiena

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Junta do comércio. Navegação

    Notação: caixa 373, pct. 01

    Datas-limite: 1809-1831

    Título do fundo: Junta do comércio, agricultura, fábricas e navegação

    Código do fundo: 7X

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: documento acerca da conta geral da venda feita em Caiena dos gêneros, como algodão, farinha e café, salvos do Navio Santa Ana Vigilante, que saiu do Maranhão e naufragou na costa de Caiena. As contas foram feitas pela moeda de Caiena, que era de francos e centésimos. No documento consta um saco de café a 60 francos. Na conta do frete que o proprietário do Navio Santa Ana Vigilante deve pagar pelo transportes dos gêneros do Maranhão até Caiena consta um saco de café a 160 francos.

    Data do documento: maio de 1811

    Local: S.L.

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Junta do comércio. Navegação

    Notação: caixa 373, pct. 02

    Datas-limite: 1817-1821

    Título do fundo: Junta do comércio, agricultura, fábricas e navegação

    Código do fundo: 7X

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: documento de João Gomes Valle, acerca da lista de gêneros da carga do Navio Grão Pará que saiu de Bengala em dezembro de 1816 rumo a Lisboa, e foi capturado em 1º de junho de 1817 pelo corsário São Martim, com bandeira do governo de Buenos Aires, e levado ao Rio da Prata. Segundo o documento, consta na lista de gêneros do navio, além de produtos como anil, algodão, açúcar e arroz, o café. Foram contabilizadas 20 sacas, 30 sacas, 30 ditas, e mais 120 sacas de café da carga do Rio de Janeiro.

    Data do documento: 31 de março de 1818

    Local: s.l.

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 21

    Datas-limite: 1800-1800

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: documento de Francisco de Souza Coutinho, governador do Pará, para d. Rodrigo de Souza Coutinho, o conde de Linhares, a respeito do mapa do valor da carga de produtos, como cacau, café, algodão e tapioca, exportados do Pará para Lisboa na galera Águia Surilnnia.

    Data do documento: 22 de junho de 1800

    Local: Pará

    Folha(s): 246-247

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 21

    Datas-limite: 1800-1800

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: documento de Francisco de Souza Coutinho, governador do Pará, para d. Rodrigo de Souza Coutinho, o conde de Linhares, a respeito do mapa do valor da carga de produtos, como arroz, café, açúcar e mel, exportados do Pará para Lisboa no Navio Aurora.

    Data do documento: 22 de agosto de 1800

    Local: Pará

    Folha(s): 280-281

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 21

    Datas-limite: 1800-1800

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: documento de Francisco de Souza Coutinho, governador do Pará, para d. Rodrigo de Souza Coutinho, o conde de Linhares, a respeito do mapa do valor da carga de produtos, como arroz, café e goma, exportados do Pará para Lisboa no navio Santo Antônio Expedição e Grão Maranhão.

    Data do documento: 1 de dezembro de 1800

    Local: Pará

    Folha(s): 348–350

     

    Conjunto documental: Junta do comércio. Real administração da pesca da baleia

    Notação: caixa 361, pct. 02

    Datas-limite: 1811-1837

    Título do fundo: Junta do comércio, agricultura, fábricas e navegação

    Código do fundo: 7X

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: correspondência do conde dos Arcos ao príncipe regente D. João acerca do pedido de Carlos Frazer de concessão de uma sesmaria na capitania da Bahia destinada às plantações de algodão e café.

    Data do documento: 25 de janeiro de 1811

    Local: Bahia

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Ministério do Reino. Pernambuco. Correspondência do presidente da província

    Notação: IJJ9 237

    Datas-limite: 1808-1808

    Título do fundo: Série interior

    Código do fundo: AA

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: correspondência de Clemente Ferreira França, que foi ministro da Justiça do Brasil, à D. Fernando José de Portugal, o conde de Aguiar, a respeito da carga transportada de Pernambuco para as ilhas de Açores e Madeira pelo bergantim Bom Amigo. Na carga, constam produtos como açúcar, algodão, melaço, aguardente, arroz e café.

    Data do documento: 22 de abril de 1808

    Local: Recife

    Folha(s): 39-42

     

    Conjunto documental: Ministério do Reino. Pernambuco. Correspondência do presidente da província

    Notação: IJJ9 237

    Datas-limite: 1808-1808

    Título do fundo: Série interior

    Código do fundo: AA

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: correspondência de Clemente Ferreira França, que foi ministro da justiça do Brasil, à d. Fernando José de Portugal, o conde de Aguiar, a respeito da carga transportada de Pernambuco para as ilhas de Madeira, Açores e São Miguel. Na carga, constam produtos como café, melaço, coco e arroz.

    Data do documento: 17 de junho de 1808

    Local: Recife

    Folha(s): 74-87

     

    Conjunto documental: Ministério do Reino. Pernambuco. Correspondência do presidente da província

    Notação: IJJ9 237

    Datas-limite: 1808-1808

    Título do fundo: Série interior

    Código do fundo: AA

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: correspondência de Clemente Ferreira França, que foi ministro da justiça do Brasil, à D. Fernando José de Portugal, o conde de Aguiar, a respeito da carga transportada de Pernambuco para a Grã-Bretanha. Na carga, constam produtos como café, açúcar e arroz.

    Data do documento: 3 de setembro de 1808

    Local: Recife

    Folha(s): 174-183

     

    Conjunto documental: Documentos referentes ao testamento da marquesa Ferreira sobre a Fazenda de Santa Cruz

    Notação: códice 618

    Datas-limite: 1612-1749

    Título do fundo: Diversos códices - SDH

    Código do fundo: NP

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: documento acerca da Feitoria do Facão. Segundo o documento, a fábrica de mandioca desta feitoria deve ser fechada, pois o lucro procedente da comercialização de farinha não compensa a destruição da vegetação que ela tem causado, além dos danos que pode causar ao engenho de açúcar, assim, ela deve ser substituída por plantações de café e de algodão.

    Data do documento: 1612 a 1783

    Local: São Paulo

    Folha(s): 62–63v

     

    Conjunto documental: Documentos referentes ao testamento da marquesa Ferreira sobre a Fazenda de Santa Cruz

    Notação: códice 618

    Datas-limite: 1612-1749

    Título do fundo: Diversos códices - SDH

    Código do fundo: NP

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: documento acerca da Feitoria do Facão. Segundo o documento, pretende-se fechar a fábrica de mandioca e substituí-la por plantações de café e algodão, sob o pretexto de que ela está prejudicando a vegetação e esta faltará para o engenho de açúcar. Porém, os administradores não a administravam adequadamente, podendo a plantação de mandioca, se bem administrada, ser útil para abastecer tropas e a população.

    Data do documento: 1612 a 1783

    Local: São Paulo

    Folha(s): 90v–91v

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 22

    Datas-limite: 1801-1801

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: documento do administrador da alfândega Joaquim Clemente da Silva Pombo, referente à carga e ao valor dos gêneros exportados do Pará para Lisboa em diferentes embarcações. Segundo o documento, além de produtos como cacau, salsa e algodão, foram exportados 3200 arrobas de café em diversas embarcações, totalizando a soma de 1212/2.

    Data do documento: 12 de maio de 1801

    Local: Pará

    Folha(s): 168

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 22

    Datas-limite: 1801-1801

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: documento do administrador da alfândega Joaquim Clemente da Silva Pombo, referente à carga e ao valor dos gêneros exportados do Pará para Lisboa em diferentes embarcações. Segundo o documento, além de produtos como cacau, anil e mel, foram exportados 2[?]00 arrobas de café, totalizando a soma de 650/20.

    Data do documento: 28 de novembro de 1801

    Local: Pará

    Folha(s): 210

     

    Conjunto documental: Registro da correspondência do tenente-coronel Manuel Marques Portugal com o general José Narciso de Magalhães de Meneses, sobre a conquista e administração de Caiena

    Notação: códice 89

    Datas-limite: 1808-1811

    Título do fundo: Secretaria de governo da capitania do Pará

    Código do fundo: 89

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: correspondência do tenente-coronel de artilharia Manuel Marques para o capitão general do Pará José Narciso de Magalhães de Meneses. Segundo o documento do comandante de Oyapake, os habitantes de Oyapake, na Guiana Francesa, desejam comercializar com o Pará oferecendo gêneros como café, cacau, tabaco, madeiras de construção e algodão em troca de mercadorias que necessitam.

    Data do documento: 20 de dezembro de 1808

    Local: Oyapake

    Folha(s): 61v

     

    Conjunto documental: Registro de provisões e alvarás régios e do governador e capitão-general do Brasil e do vice-rei; portarias e ordens do governo-geral do Brasil; mandados do vice-rei

    Notação: códice 141, vol. 17

    Datas-limite: 1794-1804

    Título do fundo: Alfândega da Bahia

    Código do fundo: 03

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: registro de que o desembargador e chanceler, provedor da Alfândega da Bahia passará as ordens necessárias para que desembarquem duas sacas e dois fardos de café no navio espanhol Boa Viagem que partirá para o Rio da Prata.

    * Há apenas uma rubrica no final do documento.

    Data do documento: 10 de maio de 1797

    Local: Bahia

    Folha(s): 60v

     

    Conjunto documental: Registro da correspondência do vice-reinado com diversas autoridades

    Notação: códice 70, vol. 22

    Datas-limite: 1801-1808

    Título do fundo: Secretaria de Estado do Brasil

    Código do fundo: 86

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: correspondência de d. Fernando José de Portugal, o conde de Aguiar, para o governador e capitão general da capitania de São Paulo, Antônio José da França e Horta, informando que, em virtude da Carta Régia dirigida ao seu antecessor em 19 de maio de 1799, foram estabelecidos novos impostos sobre vinhos, aguardentes do Reino e Ilhas, pólvora e café, a fim de suprir as urgentes despesas da monarquia.

    Data do documento: 28 de agosto de 1805

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 97-98

     

    Conjunto documental: Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação. Registro de Consultas

    Notação: códice 46, vol. 05

    Datas-limite: 1821-1824

    Título do fundo: Junta do comércio, agricultura, fábricas e navegação

    Código do fundo: OI

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: consulta na qual Luis Lecesne pede que não incidam taxas alfandegárias sobre três máquinas importadas da França para melhorar a produção de café. As máquinas, que serviam para descascar e limpar os grãos, receberam um parecer favorável após uma inspeção realizada pela Junta. O parecer enaltece o fato de pouparem o trabalho de seis homens, ressaltando como seu uso seria benéfico para a nascente indústria brasileira.

    Data do documento: 1821

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 5-5v

     

    Conjunto documental: Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação. Registro de Consultas

    Notação: códice 46, vol. 05

    Datas-limite: 1821-1824

    Título do fundo: Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação

    Código do fundo: OI

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: consulta de Luis Souvain e Simão Clothe, em que alegam ter inventado uma máquina para descascar café, movida por água ou animal, e solicitam que nos próximos dez anos incidam penas sobre quem construir o invento sem sua autorização. Os criadores prometem a doação de uma réplica para exposição pública. A máquina foi inspecionada e seu funcionamento pareceu à Junta digno da súplica, porém a decisão final, caberia a d. João.    

    Data do documento: 1822

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 28-29

     

     

    Conjunto documental: Registro de avisos e portarias da Junta da Fazenda, Real Erário, Tesouro Público. Com índice alfabético.

    Notação: códice 142, vol. 01

    Datas-limite: 1804-1808

    Título do fundo: Ministério da Fazenda

    Código do fundo: 40

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: edital da Junta Real de Fazenda na qual se proíbe o embarque de café sem o recibo de pagamento de um novo imposto de exportação para o produto.

    Data do documento: 1805

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 30-30v

     

    Conjunto documental: Registro de avisos e portarias da Junta da Fazenda, Real Erário, Tesouro Público. Com índice alfabético.

    Notação: códice 142, vol. 01

    Datas-limite: 1804-1808

    Título do fundo: Ministério da Fazenda

    Código do fundo: 40

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: aviso da Real Fazenda ao Desembargador Juiz e Ouvidor da alfândega que se cumpra o novo imposto de exportação para a embarcação de café, devendo o Real Erário atuar na fiscalização. Caso encontrado, o café sem a taxa paga poderá ser confiscado pela Casa das Índia.
    Data do documento: 1805

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 31-31v

     

    Conjunto documental: Registro de avisos e portarias da Junta da Fazenda, Real Erário, Tesouro Público. Com índice alfabético.

    Notação: códice 142, vol. 01

    Datas-limite: 1804-1808

    Título do fundo: Ministério da Fazenda

    Código do fundo: 40

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: edital assinado por Francisco Bento Maria Targini, referente ao arremate de 54 arrobas de café, provenientes da Fazenda Santa Cruz, que se encontram nos armazéns da alfândega.
    Data do documento: 1805

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 41v-42

     

    Conjunto documental: Registro de avisos e portarias da Junta da Fazenda, Real Erário, Tesouro Público. Com índice alfabético.

    Notação: códice 142, vol. 01

    Datas-limite: 1804-1808

    Título do fundo: Ministério da Fazenda

    Código do fundo: 40

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: edital assinado por Francisco Bento Maria Targini, referente ao arremate de 46 arrobas de café, provenientes da Fazenda Santa Cruz, que se encontram nos armazéns da alfândega.

    Data do documento: 1805

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 45v-46

     

    Conjunto documental: Registro de avisos e portarias da Junta da Fazenda, Real Erário, Tesouro Público. Com índice alfabético.

    Notação: códice 142, vol. 01

    Datas-limite: 1804-1808

    Título do fundo: Ministério da Fazenda

    Código do fundo: 40

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: edital assinado por Francisco Bento Maria Targini referente ao arremate de 60 arrobas de café e 750 alqueires de arroz, provenientes da Fazenda Santa Cruz, que se encontram nos armazéns da alfândega.

    Data do documento: 1805

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 72


    Conjunto documental: Registro de avisos e portarias da Junta da Fazenda, Real Erário, Tesouro Público. Com índice alfabético.

    Notação: códice 142, vol. 01

    Datas-limite: 1804-1808

    Título do fundo: Ministério da Fazenda

    Código do fundo: 40

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: aviso da Real Fazenda para que o chefe da Esquadra e intendente da Marinha mande aprontar 140 arrobas de café, da Fazenda Santa Cruz, para serem remetidos à cidade de Lisboa.
    Data do documento: 1806

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 127-127v


    Conjunto documental: Registro de correspondência do vice-reinado com diversas autoridades

    Notação: códice 70, vol. 20

    Datas-limite: 1801-1801

    Título do fundo: Secretaria de Estado do Brasil

    Código do fundo: 86

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: carta do Conde de Resende, d. José Luís de Castro, a João Caetano de Lima, intendente da Marinha, na qual avisa que se encontram prontas as dez arrobas de café que devem ser remetidas anualmente ao príncipe regente. O Conde solicita que o café seja embarcado no navio d. Rodrigo que partirá para Lisboa, e que sejam levadas também outras cinco arrobas vindas de Vila Rica.

    Data do documento: 1801

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 5

     

    Conjunto documental: Roteiro da visita de inspeção feita por Martinho de Sousa e Albuquerque, governador do Grão-Pará à povoação da antiga capitania do Caité. Assinado pelo Sargento-mor engenheiro João Manuel de Braun.  

    Notação: códice 1147, vol. 02

    Datas-limite: 1787-1787

    Título do fundo: Diversos códices - SDH 

    Código do fundo: NP

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: relato da visita de Martinho de Sousa Albuquerque, governador do Grão-Pará, a freguesia de Nossa Senhora do Socorro das Salinas, no povoamento de Caité. Nesta oportunidade, o governador atribui à região potencial cafeeiro, e cita a comunicação da área com o Pará e o Maranhão como uma vantagem. 

    Data do documento: 1787

    Local: Pará

    Folha(s): 9

     

    Conjunto documental: Rio de Janeiro. Ministério do Reino e Império. Alfabeto do livro 1° de Avisos

    Notação: IJJ9 18

    Datas-limite: 1808-1832

    Título do fundo: Série Interior

    Código do fundo: AA

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: resposta na qual d. Fernando José de Portugal e Castro, o conde de Aguiar, orienta Francisco Cláudio Álvares de Andrade a não desenvolver transações comerciais com uma galera inglesa em Ilha Grande, que deseja vender sal e comprar café. O conde não proíbe o comércio, apenas aconselha que as transações sejam feitas na alfândega. 

    Data do documento: 1811

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 14v-15


    Conjunto documental: Catálogo cronológico de avisos, provisões, cartas régias e alvarás que existem na Secretaria de Estado do Reino de Angola

    Notação: códice 543

    Datas-limite: 1600-1882

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: aviso régio, catalogado por José Silva Costa, Coronel do Regimento de Milícias da cidade de São Paulo de Assumpção de Luanda e Secretario do Estado de Angola, ao assumir a referida secretaria. O aviso informa sobre dois pontos: aprovação Real de ofícios, exceto o que pede sub-rogação de dizimo, e recomendação a cultura de anil, café e algodão.

    Data do documento: 1798

    Local: Luanda, Angola

    Folha(s): 264

     

    Conjunto documental: Catálogo cronológico de avisos, provisões, cartas régias e alvarás que existem na Secretaria de Estado do Reino de Angola

    Notação: códice 543

    Datas-limite: 1600-1882

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: aviso régio catalogado por José Silva Costa, Coronel do Regimento de Milícias da cidade de São Paulo de Assumpção de Luanda e Secretario do Estado de Angola, ao assumir a referida secretaria. O aviso pede a utilização de bois para os arados e indica que se plante açúcar, café e algodão.

    Data do documento: 1798

    Local: Luanda, Angola

    Folha(s): 262


    Conjunto documental: Antonio João Martinho de Brito

    Notação: maço 121, proc. 2394

    Datas-limite: 1810-1810

    Título do fundo: inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário dos bens deixados pelo falecido Tenente Antonio João Martinho de Brito, registrado por Matildes Rangel, sua esposa e inventariante. Entre outros itens, encontram-se relacionados: uma casa de vivenda, escravos, pés de laranja seleta, um “pomar chinês” de laranjas começando a dar frutos, pés de limeira, pés de café e alqueires de mandioca.

    Data do documento: 1810

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 4-7

     

    Conjunto documental: Ana Teresa

    Notação: caixa 3632, proc. 25

    Datas-limite: 1804-1804

    Título do fundo: Inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário dos bens deixados por Anna Tereza registrados por Bento de Oliveira, seu esposo e inventariante, a fim de assegurar o direito dos filhos na partilha. Entre outros itens, encontram-se relacionados uma casa de vivenda com duas cozinhas, um galinheiro, escravos, alqueires de mandioca, pés de café e arrobas de café pronto.

    Data do documento: 1804

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 4-6

     

    Conjunto documental: Ana Muros

    Notação: caixa 867, proc. 2240

    Datas-limite: 1808-1808

    Título do fundo: Inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventários do casal Alexandre Oliveira e Ana Muros, falecidos em 1803 e 1808, respectivamente. Entres os bens de Alexandre, é citado um sitio com casa de vivenda, dotado de bananal e “cafezeira”. O mesmo sitio é enumerado entre os bens de Ana, no qual ainda menciona a posse de escravos, alqueires de mandioca e arrobas de café colhido.

    Data do documento: 1808

    Local: Rio de janeiro

    Folha(s): 3-7 e 5-9

     

    Conjunto documental: Eugênia Lopes

    Notação: caixa 895, proc. 6

    Datas-limite: 1800-1800

    Título do fundo: Inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário dos bens deixados pela falecida Eugênia Lopes registrados por Ângelo de Souza, seu marido e inventariante. Entre outros itens, encontram-se relacionados uma casa de vivenda coberta por sapê, um escravo, um quartel de mandioca, pés de café e pés de ananás.

    Data do documento: 1800

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 5-7

     

    Conjunto documental: Francisco Antônio de Almeida

    Notação: caixa 3633, proc. 19

    Datas-limite: 1805-1806

    Título do fundo: Inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário dos bens deixados por Francisco Antônio de Almeida registrados por Luiza Maria de Jesus, sua esposa e inventariante. Estão relacionadas no inventário várias posses, como por exemplo, um grande número de escravos, canoas, variadas peças de vestuário e dois sobrados, sendo um de frente para o mar. Quanto aos gêneros alimentícios, entre outros itens, encontram-se uma pipa de água-ardente, um alqueire de feijão, três arrobas de toicinho, quarenta e duas medidas de vinagre, cinqüenta e três queijos, quatro libras de café e seis libras de tabaco. 

    Data do documento: 1805

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 4-11

     

    Conjunto documental: Januário Freire Bitencourt

    Notação: caixa 916, proc. 9791

    Datas-limite: 1819-1819

    Título do fundo: Inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário dos bens deixados pelo falecido Januário Freire Bitencourt, registrados por d. Maria José de Jesus, sua segunda esposa e inventariante. Entre os bens deixados, encontram-se relacionados uma casa de vivenda e outras casas menores, uma senzala, grande quantidade de escravos, pés de laranjeira, pés de café ainda sem o fruto, soqueiras de bananeira, sacas de algodão, mandioca e café novos.

    Data do documento: 1819

     Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 5v-19v

     

    Conjunto documental: Registro da correspondência de Goa com a Secretaria de Estado

    Notação: códice 519, vol. 01

    Datas-limite: 1800-1802

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: carta na qual Francisco Antonio da Veiga Cabral comunica a D. Rodrigo de Souza Coutinho o pedido do príncipe regente de que lhe sejam enviadas anualmente dez arrobas do melhor café do Estado e algumas arrobas do melhor café de Moka, armazenados e transportados com a maior cautela possível. Em resposta, D. Rodrigo de Souza Coutinho informa que os caixotes de café foram devidamente armazenados e enviados pela Nau de Viagem Marialva, sob os cuidados do Capitão de Mar e Guerra Antonio Joaquim dos Reis Portugal.

    Data do documento: 10 de maio de 1801

    Local: Goa

    Folha (s): 548-548v

     

    Conjunto documental: Registro de avisos e portarias da junta da Fazenda, Real Erário, Tesouro Público. Com índice alfabético

    Notação: códice 142, vol. 10

    Datas-limite: 1821-1822

    Título do fundo: Ministério da Fazenda

    Código do fundo: 40

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: aviso no qual o conde da Lousã d. Diogo de Menezes de Eça, secretário de Estado dos Negócios da Fazenda, comunica a Luis José de Carvalho e Melo, juiz da Alfândega, que se arrecade e remeta mensalmente ao Erário o rendimento do dízimo do café, o que abrange tanto o que ainda seria colhido quanto o que havia sido despachado desde o último mês de abril.

    Data do documento: 30 de junho de 1821

    Local:

    Folha (s): 39v-40

     

    Conjunto documental: Registro de avisos e portarias da junta da Fazenda, Real Erário, Tesouro Público. Com índice alfabético

    Notação: códice 142, vol. 10

    Datas-limite: 1821-1822

    Título do fundo: Ministério da Fazenda

    Código do fundo: 40

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: aviso no qual o conde da Lousã d. Diogo de Menezes de Eça, secretário de Estado dos Negócios da Fazenda, comunica a Luis José de Carvalho e Melo, juiz da Alfândega, que o pagamento do dízimo do café, calculado sobre o preço legalizado, será transferido da ocasião da colheita para a do embarque, o que, no entanto, não isenta o lavrador do pagamento dessa antiga prestação e transforma o comprador em um depositário da dita quantia até o momento do embarque.

    Data do documento: 14 de julho de 1821

    Local:

    Folha (s): 53-54

     

    Conjunto documental: Registro de avisos e portarias da junta da Fazenda, Real Erário, Tesouro Público. Com índice alfabético

    Notação: códice 142, vol. 10

    Datas-limite: 1821-1822

    Título do fundo: Ministério da Fazenda

    Código do fundo: 40

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: aviso no qual o conde da Lousã d. Diogo de Menezes de Eça, secretário de Estado dos Negócios da Fazenda, comunica a Luis José de Carvalho e Mello, juiz da Alfândega, que os únicos responsáveis pelo pagamento do dízimo são os lavradores, e como alguns talvez se recusem a pagar a taxa, o mesmo juiz deverá enviar ao Erário uma lista com a relação dos devedores. O conde também informa que a mesa do consulado deve fiscalizar, do mesmo modo que se procede em relação ao café, a arrecadação do dízimo de todos os demais produtos a serem exportados.

    Data do documento: 14 de julho de 1821

    Local:

    Folha (s): 54v-55

     

    Conjunto documental: Registro de avisos e portarias da junta da Fazenda, Real Erário, Tesouro Público. Com índice alfabético

    Notação: códice 142, vol. 10

    Datas-limite: 1821-1822

    Título do fundo: Ministério da Fazenda

    Código do fundo: 40

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: aviso no qual o conde da Lousaã d. Diogo de Menezes de Eça, secretário de Estado dos Negócios da Fazenda, comunica a Luis José de Carvalho e Mello, juiz da Alfândega, que os despachantes do tabaco que fora colhido no ano anterior não serão obrigados a comprovar que pagaram o dízimo do produto, no entanto, os compradores de tabaco da próxima safra deverão proceder do mesmo modo que se procede quanto ao café.

    Data do documento: 28 de julho de 1821

    Local: s.l.

    Folha (s): 62v

     

    Conjunto documental: Registro de avisos e portarias da junta da Fazenda, Real Erário, Tesouro Público. Com índice alfabético

    Notação: códice 142, vol. 10

    Datas-limite: 1821-1822

    Título do fundo: Ministério da Fazenda

    Código do fundo: 40

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: aviso do conde da Lousaã d. Diogo de Menezes de Eça, secretário de Estado dos Negócios da Fazenda, comunicando a Luis José de Carvalho e Mello, juiz da Alfândega, que o Príncipe Regente declara que a Mesa do Consulado não deve insistir na alteração de sua ordem régia e sim executar a fiscalização do preço do café e da cobrança do dízimo para que seus membros não sejam apontados e punidos como negligentes.

    Data do documento: 6 de Agosto de 1821

    Local: s.l.

    Folha (s): 65-65v

     

    Conjunto documental: Registro de avisos e portarias da junta da Fazenda, Real Erário, Tesouro Público. Com índice alfabético

    Notação: códice 142, vol. 10

    Datas-limite: 1821-1822

    Título do fundo: Ministério da Fazenda

    Código do fundo: 40

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: aviso no qual o conde da Lousaã d. Diogo de Menezes de Eça, secretário de Estado dos Negócios da Fazenda, solicita a Luis José de Carvalho e Mello, juiz da Alfândega, que aceite o juramento de dois fazendeiros do distrito do Cantagalo para que não paguem o dízimo do café, mesmo não tendo apresentado as guias juradas.

    Data do documento: 19 de Agosto de 1821

    Local: s.l.

    Folha (s): 73v-74

     

    Conjunto documental: Registro de avisos e portarias da junta da Fazenda, Real Erário, Tesouro Público. Com índice alfabético

    Notação: códice 142, vol. 10

    Datas-limite: 1821-1822

    Título do fundo: Ministério da Fazenda

    Código do fundo: 40

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: aviso no qual o conde da Lousaã d. Diogo de Menezes de Eça, secretário de Estado dos Negócios da Fazenda, solicita a Luis José de Carvalho e Mello, juiz da Alfândega, que estenda a

    todos o lavradores do distrito do Cantagalo a isenção do dízimo do café que fora determinada no aviso de 19 de agosto de 1821 a dois lavradores do mesmo distrito.

    Data do documento: 6 de setembro de 1821

    Local: s.l.

    Folha(s): 84v

     

    Conjunto documental: Registro de avisos e portarias da junta da Fazenda, Real Erário, Tesouro Público. Com índice alfabético

    Notação: códice 142, vol. 10

    Datas-limite: 1821-1822

    Título do fundo: Ministério da Fazenda

    Código do fundo: 40

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: portaria na qual Caetano Pinto de Miranda Montenegro, Ministro da Fazenda, envia a câmara da Vila de Resende documento que apresenta reclamações sobre o arrematante do dízimo do café Luiz d’Almeida.

    Data do documento: 23 de maio de 1822

    Local: s.l.

    Folha(s): 174v

     

    Conjunto documental: Resumo da balança geral do comércio do reino de Portugal com o Brasil, domínios e nações estrangeiras

    Notação: códice 731, vol. 03

    Datas-limite: 1818-1818

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: tabela da balança geral do comércio de Portugal com suas províncias e outras nações que mostra resumo dos produtos e respectivas quantidades que foram importadas da cidade do Rio de Janeiro para a cidade de Lisboa no ano de 1818.

    Data do documento: 3 de dezembro de 1819

    Local: s.l.

    Folha(s): 2v

     

    Conjunto documental: Resumo da balança geral do comércio do reino de Portugal com o Brasil, domínios e nações estrangeiras

    Notação: códice 731, vol. 03

    Datas-limite: 1818-1818

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: tabela da balança geral do comércio de Portugal com suas províncias e outras nações que mostra resumo dos produtos e respectivas quantidades que foram exportadas da cidade do Porto para a Inglaterra no ano de 1818.

    Data do documento: 3 de dezembro de 1819

    Local: s.l.

    Folha(s): 60

     

    Conjunto documental: Resumo da balança geral do comércio do reino de Portugal com o Brasil, domínios e nações estrangeiras

    Notação: códice 731, vol. 03

    Datas-limite: 1818-1818

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: tabela da balança geral do comércio de Portugal com suas províncias e outras nações que mostra resumo dos produtos e respectivas quantidades que foram exportadas da cidade de Lisboa para a Áustria no ano de 1818.

    Data do documento: 3 de dezembro de 1819

    Local: s.l.

    Folha(s): 74

     

    Conjunto documental: Resumo da balança geral do comércio do reino de Portugal com o Brasil, domínios e nações estrangeiras

    Notação: códice 731, vol. 03

    Datas-limite: 1818-1818

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: tabela da balança geral do comércio de Portugal com suas províncias e outras nações que mostra resumo dos produtos e respectivas quantidades que foram exportadas da cidade do Porto para a Prússia no ano de 1818.

    Data do documento: 3 de dezembro de 1819

    Local: s.l.

    Folha(s): 94

     

    Conjunto documental: Resumo da balança geral do comércio do reino de Portugal com o Brasil, domínios e nações estrangeiras

    Notação: códice 731, vol. 03

    Datas-limite: 1818-1818

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: tabela da balança geral do comércio de Portugal com suas províncias e outras nações que mostra resumo dos produtos e respectivas quantidades que foram exportadas da cidade do Porto para Hamburgo no ano de 1818.

    Data do documento: 3 de dezembro de 1819

    Local: s.l.

    Folha(s): 103

     

    Conjunto documental: Resumo da balança geral do comércio do reino de Portugal com o Brasil, domínios e nações estrangeiras

    Notação: códice 731, vol. 03

    Datas-limite: 1818-1818

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: tabela da balança geral do comércio de Portugal com suas províncias e outras nações que mostra resumo dos produtos e respectivas quantidades que foram exportadas da cidade de Lisboa para Itália no ano de 1818.

    Data do documento: 3 de dezembro de 1819

    Local: s.l.

    Folha(s): 110

     

    Conjunto documental: Antônio José e Luzia Bernarda

    Notação: maço 119, proc. 2345

    Datas-limite: 1809-1834

    Título do fundo: Inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário dos bens deixados por Antônio José cujo primeiro inventariante foi sua esposa Luzia Bernarda, porém, tendo esta falecido após o início do processo, o inventariante passou a ser seu filho Manoel José da Cunha. O inventário então passa a abranger os bens do casal, relatando seus escravos, roupas e itens da venda de Antônio José, dentre os quais queijo minas, manteiga, aguardente e café.

    Data do documento: 2 de março de 1809

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Francisco de Marins Costa

    Notação: maço 582, proc. 9814

    Datas-limite: 1816-1820

    Título do fundo: Inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário dos bens deixados por Francisco de Marins Costa a sua filha Ignes Maria Marins, cujo inventariante, e também testamenteiro, fora Boaventura da Anunciação Vellarim. Dentre os bens relatados estão um pilão velho, duzentos e cinqüenta pés de café, uma saca de arrasto e uma tesoura de sapateiro.

    Data do documento: 30 de março de 1816

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Francisco Correia da Silva e Maria Teresa de Jesus

    Notação: maço 475, proc. 9147

    Datas-limite: 1795-1795

    Título do fundo: Inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário dos bens deixados por Francisco Correia da Silva e Maria Teresa de Jesus, requerido pelo inventariante e tutor dos filhos dos falecidos José da Silva. Este, no entanto, teve que ser substituído uma vez que um dos herdeiros, Isidorio Correia da Silva, se manifestou alegando que José da Silva não teria condições sustentá-lo e a seus irmãos, passando a ser inventariante e tutor João Gomes da Gouveia, tio dos herdeiros. Entre os bens relacionados no inventário constam uma casa de palha, um arvoredo de espinho, uma imagem de Santo Cristo, um saco com aproximadamente dezesseis libras e aproximadamente quinhentos pés de café.

    Data do documento: 13 de maio de 1795

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Antônio Pereira de Ferreira

    Notação: maço 434, proc. 8384

    Datas-limite: 1798-1798

    Título do fundo: Inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário dos bens deixados por Antônio Pereira de Ferreira, requerido por sua esposa e testamenteira, Anna Maria do Bonsucesso. Entre os bens relacionados no inventário constam casas, escravos, arvoredos, como pés de laranjeiras, pés de café, pés de cacau, limeiras, parreiras e bananeiras, objetos de prata, objetos de ouro, como fivelas de sapatos e brincos cravejados de diamantes e topázios, objetos de latão, livros, dentre os quais Pharmacopeia Lusitanea, Pharmacopeia Dogmática, Tratado de Conservação da Saúde dos Povos e Miranda Relações Cirúrgicas, raízes, ervas, flores, óleos, e diversas partes de animais, como dentes de javali e olhos de caranguejo.

    Data do documento: 10 ou 12 de janeiro de 1798

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Antônio José Ribeiro de Faria

    Notação: caixa 320, proc. 2345

    Datas-limite: 1802-1810

    Título do fundo: Corte de Apelação

    Código do fundo: 2ø

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: processo no qual Antônio José Ribeiro de Faria é acusado de não ter quitado dívidas que possuía com Ventura Miguel Marco Del Pont. No entanto, o réu se defende das acusações retrucando que na verdade o autor que estava lhe devendo, uma vez que este, por ter desrespeitado um acordo firmado entre eles, foi responsável pela perda de mercadorias do réu. O autor deveria ter transportado e desembarcado barris de alcatrão, sacos de açúcar e de café em Montevidéu, no entanto, seguiu viagem para Buenos Aires, mesmo sob aviso de que seria perigoso por causa do porte de sua embarcação. Como esperado a embarcação teve dificuldades de aportar e a ação intempéries ocasionou a perda das mercadorias e da embarcação, da qual ¾ também pertenciam ao réu.

    Data do documento: Outubro de 1802

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Maria da Paixão

    Notação: caixa 3634, proc. 3

    Datas-limite: 1805-1805

    Título do fundo: Inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário dos bens deixados por Maria da Paixão, requerido pelo seu marido Francisco José de Almeida para dar partilha a seus filhos. Entre outros bens, estão relacionados uma casa de palha, uma espingarda, um forno de cobre, doze pés de café pequenos, quatro mangueiras e um cajueiro.

    Data do documento: 1de abril de 1805

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: João de Céspedes Barbosa

    Notação: caixa 1118, proc. 8579

    Datas-limite: 1808-1819

    Título do fundo: Inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário dos bens deixados por João de Céspedes Barbosa, requerido pela sua esposa e tutora de seus herdeiros, tanto deste como do casamento anterior, Francisca Maria de Jesus. Entre outros bens, estão relacionados escravos, roupas, objetos de ouro, objetos de louça, como um aparelho de xá e café, móveis de cedro e de jacarandá, um quartel de café plantado, um quartel de café em fruta, bananeiras, limeiras e laranjeiras.

    Data do documento:

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Manuel da Rocha Vieira

    Notação: maço 308, proc. 5622

    Datas-limite: 1800-1800

    Título do fundo: Inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário dos bens deixados por Manoel da Rocha Vieira, requerido por seu filho e testamenteiro Antônio da Rocha Vieira. Dentre outros bens, estão relacionados uma morada de casas na Rua dos Barbozas, uma foice, um machado, uma balança, uma espingarda velha de coronha a português e benfeitorias de uma chácara na Lagoa Rodrigo de Freitas, dentre as quais uma casa de vivenda, uma casa de despejo, senzalas, uma casa de fazer farinha, novecentos e sessenta e um pés de laranjeiras, quatro pés de tangerineiras, dez pés de limoeiros, trinta e oito pés de macieiras, seis mil pés de café, bananais, oitenta e três arrobas de café colhido, duas vacas, um bezerro, um cavalo, escravos, objetos de prata e ouro.

    Data: 30 de julho de 1800

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 13

    Datas-limite: 1792-1792

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos produtos e de seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa na galera Nossa Senhora da Conceição e São Francisco de Paula, que inclui entre outros, arroz, cacau e café.

    Data: 1792

    Local: Pará

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 13

    Datas-limite: 1792-1792

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos produtos e de seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa na charrua Dois Irmãos, que inclui entre outros, arroz, cacau, café, cravo e algodão.

    Data: 1792

    Local: Pará

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 13

    Datas-limite: 1792-1792

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos produtos e de seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa na corveta São Francisco Providência, que inclui entre outros, arroz, cacau, café e algodão.

    Data: 1792

    Local: Pará

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 13

    Datas-limite: 1792-1792

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos rendimentos dos dízimos dos gêneros de sertão arrematados pela extinta Companhia Geral do Comércio entre os anos de 1779 e 1780, que inclui produtos como cacau, café, salsa e cravo.

    Data: 1792

    Local: Pará

    Folha (s): -

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 13

    Datas-limite: 1792-1792

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos produtos e de seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa na corveta Nossa Senhora da Conceição Aurora, que inclui entre outros, arroz, cacau, café e algodão.

    Data: 1792

    Local: Pará

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 13

    Datas-limite: 1792-1792

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos produtos e de seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa na galera Minerva, que inclui entre outros, arroz, cacau, café e algodão.

    Data: 1792

    Local: Pará

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 13

    Datas-limite: 1792-1792

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos produtos e de seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa na galera Nossa Senhora da Luz, que inclui entre outros, arroz, cacau, café, salsa e cravo.

    Data: 1792

    Local: Pará

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 13

    Datas-limite: 1792-1792

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos produtos e de seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa no navio Nossa Senhora da Graça Maranhão, que inclui entre outros, arroz, cacau, café, salsa e cravo.

    Data: 1792

    Local: Pará

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 13

    Datas-limite: 1792-1792

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos produtos e de seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa no navio Nossa Senhora da Conceição Rey David, que inclui entre outros, arroz, cacau, café, salsa e cravo.

    Data: 1792

    Local: Pará

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 15

    Datas-limite: 1795-1795

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: relatório feito por Deziderio Luis Lobo, cabo de esquadra do regimento do Macapá, das perguntas que lhe foram feitas pelo governador de Cayenna, que incluem a indagação do que era produzido na cidade do Pará à qual o cabo respondeu afirmando que lá eram produzidos cravo, salça, cacau, algodão e café.

    Data: 15 de dezembro de 1794

    Local: Pará

    Folha(s): 13

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 15

    Datas-limite: 1795-1795

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos produtos e de seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa na corveta Nossa Senhora da Luz, que inclui entre outros, arroz, cacau, café e salsa.

    Data: 6 de fevereiro de 1795

    Local: Pará

    Folha(s): 47

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 15

    Datas-limite: 1795-1795

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos produtos e de seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa na corveta Vênus, que inclui entre outros, arroz, cacau, café e salsa.

    Data: 1795

    Local: Pará

    Folha(s): 246

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 15

    Datas-limite: 1795-1795

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos produtos e de seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa na corveta Nossa Senhora da Conceição e Santo Antônio, que inclui entre outros, arroz, cacau, café e cravo.

    Data: 19 de maio de 1795

    Local: Pará

    Folha(s): 287

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 15

    Datas-limite: 1795-1795

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos produtos e de seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa na corveta Correio da Angola, que inclui entre outros, arroz, cacau, café e salsa.

    Data: 1795

    Local: Pará

    Folha(s): 363

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 15

    Datas-limite: 1795-1795

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos produtos e de seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa na galera Nossa Senhora da Conceição e São Francisco de Paula, que inclui entre outros, arroz, cacau, café, salsa e anil.

    Data: 1795

    Local: Pará

    Folha(s): 364

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 15

    Datas-limite: 1795-1795

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos produtos e de seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa na corveta Rainha de Nantes, que inclui entre outros, arroz, cacau, café e salsa.

    Data: 18 de julho de 1795

    Local: Pará

    Folha(s): 381

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 15

    Datas-limite: 1795-1795

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos produtos e de seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa no navio Nossa Senhora da Graça Maranhão, que inclui entre outros, arroz, cacau, café e salsa.

    Data: 18 de julho 1795

    Local: Pará

    Folha(s): 382

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 15

    Datas-limite: 1795-1795

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos produtos e de seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa no navio Santa Anna Vigilante, que inclui, entre outros, arroz, cacau, café e salsa.

    Data: 16 de outubro 1795

    Local: Pará

    Folha(s): 418

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 15

    Datas-limite: 1795-1795

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos produtos e de seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa na galera Abréu, que inclui entre outros, arroz, cacau, café e cravo.

    Data: 12 de novembro 1795

    Local: Pará

    Folha(s): 422

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 15

    Datas-limite: 1795-1795

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa dos produtos e de seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa na galera Nossa Senhora das Maravilhas, que inclui entre outros, arroz, cacau, café e salsa.

    Data: 26 de novembro 1795

    Local: Pará

    Folha(s): 429

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 16

    Datas-limite: 1796-1796

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: relação dos preços correntes em Cayenna e em França de produtos como algodão, café, urucu e aguardente segundo Lázaro Valente, porta bandeira do regimento do Macapá.

    Data: 20 de fevereiro 1796

    Local: Pará

    Folha(s): 17

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 16

    Datas-limite: 1796-1796

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: relação dos gêneros do sertão que inclui, entre outros, cacau, café e salsa, e de suas respectivas quantidades e valores, que foram produzidos na capitania do Pará nos quatro trimestres do ano de 1795.

    Data: 1º de junho 1796

    Local: Pará

    Folha(s): 168-169

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 16

    Datas-limite: 1796-1796

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: declaração de Manoel das Neves, mestre do navio São João Magnânimo, na qual afirma que transporta a bordo do mesmo navio quinze caixões com diversas espécies de plantas, dentre as quais tapereba, pimenta, salva e café, destinadas a corte de Lisboa por solicitação de Luis Pinto de Souza, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, da Guerra, e dos Domínios Ultramarinos.

    Data: 7 de junho 1796

    Local: Pará

    Folha(s): 203-203v

     

    Conjunto documental: Correspondência Original dos Governadores do Pará com a Corte. Cartas e Anexos

    Data limite: 1798-1798

    Notação: códice 99, vol. 18

    Titulo de Fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapas enviados por Francisco de Souza Coutinho para Rodrigo de Souza Coutinho com as relações de custos das embarcações do Rei exportada da Cidade do Pará para Lisboa, descrevendo as quantidades e valores de diversos gêneros (ex: algodão, arroz, carne) entre eles o café.

    Data do documento: 1798

    Local: Pará

    Folha(s): 451-455

     

    Conjunto documental: Correspondência Original dos Governadores do Pará com a Corte. Cartas e Anexos

    Data limite: 1802-1803

    Notação: códice 99, vol. 23

    Titulo de Fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: documentos feitos por Francisco Alves de Pontes com as relações de variadas marcas de gêneros, na qual são encontradas diferentes marcas e quantidades de café que serão embarcadas em varias navios do Rei da cidade do Pará com destino a Lisboa.

    Data do documento: 1802

    Local: Pará

    Folha(s): 27-87

     

    Conjunto documental: Carlos Martins de Almeida

    Notação: caixa 4065, proc. 826

    Datas-limite: 1819-1819

    Título do fundo: inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário de bens deixados pelo falecido Carlos Martins de Almeida registrados por sua esposa Matilde Maria de Almeida, fazendo a partilha entre os seus filhos e filhas. Entre os itens registrados no inventário para partilha encontram-se: casa, chácara, engenho, escravos, prataria, ferramentas, terras e os rendimentos líquidos da produção e venda de gêneros, na qual entre outros se encontra o café.

    Data do documento: 1819

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 4-5

     

    Conjunto documental: Bento Correio Barbosa e Teresa de Jesus

    Notação: caixa 1116, proc. 1663          

    Datas-limite: 1816-1828

    Título do fundo: Inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário do falecido casal Bento Correio Barbosa e Teresa de Jesus solicitado pelo inventariante, tutor e genro Antonio Jose Braga falecido logo em seguida transferindo a função de inventariante e tutor para José Ferreira Paiva para a divisão dos bens do casal. Nos quais se encontra a partilha dos bens da casa, dos escravos, do sitio de e suas plantações nas quais existem alguns pés de café.

    Data do documento: 1818

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): -

     

    Conjunto documental: Esméria Maria e Silvestre Pereira

    Notação: maço 471, proc. 9000/9001

    Datas-limite: 1806-1811

    Título do fundo: Inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário do falecido casal Silvestre Pereira e Esméria Maria solicitado pelo inventariante Salvador para a partilha dos bens entre os filhos de menor. Entre os bens divididos existem: escravos, mobília, a casa, plantações nos quais encontram-se 200 pés de café.

    Data do documento: 1806

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 4-5

     

    Conjunto documental: Tereza Pereira de Jesus

    Notação: maço 474, proc. 9103

    Datas-limite: 1795-1795

    Título do fundo: Inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário da falecida Tereza Pereira de Jesus solicitado pelo marido e inventariante Anastácio Caetano da Rocha para seus filhos: Entre a partilha encontra-se: Casas, mobílias, animais (tais como cavalos, gado), escravos, plantações como alguns pés de laranja, e sete pés de café.

    Data do documento: 1795         

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 5

     

    Conjunto documental: Tomás Curvelo de Ávila

    Notação: maço 434, proc. 8409

    Datas-limite: 1813-1813

    Título do fundo: Inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário dos bens deixados por Thomaz Curvelo de Ávila, falecido marido da inventariante Quitéria Franca Margarida, que deixou filhos menores de dois anos. Entre os bens partilhados encontram-se grandes quantidades de objetos de cobre, prata e ouro, móveis, vestimentas como coletes de cetim, casacos finos (alguns da cor de café), um balanço com todos os bens vendidos do falecido contendo vinagre, cana, vinho, 18 arrobas de açúcar mascavo, 270 ditas de mel, 2 sacos de sal e 9 arrobas de café.

    Data do documento: 1813

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 5

     

    Conjunto documental: Maria Vitória da Conceição

    Notação: caixa 1117, proc. 8254

    Datas-limite: 1816-1816

    Título do fundo: Inventários

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário da falecida Maria Vitória da Conceição esposa do inventariante José Francisco Xavier. Observamos na divisão bens da falecida uma grande quantidade de metais como ferro, estanho e cobre, chácaras, engenhos, gados, escravos, e alguns pomares nas quais se encontram 1208 pés de café, 231 pés de pêssego, 1300 pés de marmelo.

    Data do documento: 1816

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 12

     

    Conjunto documental: Manoel Luis Pinheiro

    Notação: caixa 1117, proc. 8940

    Datas-limite: 1797-1797

    Título do fundo: Inventário

    Código do fundo: 3J

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: inventário do falecido Manoel Luis Pinheiro, marido da inventariante Tereza de Jesus. Na partilha de bens encontrasse: rodas, objetos dos moinhos, escravos, metais tais como ouro e prata, plantações contendo 110 pés de algodoeiros, 96 pés de café.

    Data do documento: 1797

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 10

     

    Conjunto documental: Correspondência Original dos Governadores do Pará com a Corte. Cartas e Anexos

    Notação: códice 99, vol. 12

    Datas-limite: 1791

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: ofício de Martinho de Mello e Castro enviado ao Rei solicitando alterações para com as arrecadações das tarifas reais em contrato das embarcações de gêneros visando assim minimizar atrasos e prejuízos tanto da Real Fazenda, como também dos Particulares referentes principalmente ao arroz, algodão, cacau e café.

    Data do documento: 1792

    Local: Pará

    Folha(s): 22-26

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 20

    Datas-limite: 1799-1799

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa enviado por Dom Rodrigo de Souza Coutinho ao Rei com os produtos e seus respectivos valores exportados do Pará para a cidade de Lisboa na galera Bergantim, que inclui entre outros, cacau, cravos finos, café e barris de óleo.

    Data: 1799

    Local: Pará

    Folha(s): 114

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 20

    Datas-limite: 1799-1799

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa enviado ao Rei por Rodrigo de Souza Coutinho demonstrando o aumento do numero das plantações no Jardim Botânico assim como fora ordenado. Descrevendo alguns viveiros como os de árvores de pão, as plantações de cravos das índias, do café exportado dos portos do Pará.

    Data: 1799

    Local: Pará

    Folha (s): 159-160

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 20

    Datas-limite: 1799-1799

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: relação do carregamento conduzido pelo Capitão José Antonio Gonçalves Prego do Pará para a Villa Bella no ano de 1787 em 3 canoas. Na relação encontra-se: armas tal como espingardas, ferramentas, escravos e gêneros como marmelo, linhaça, sal e café.

    Data: 1799

    Local: Pará

    Folha(s): 384-386

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 20

    Datas-limite: 1799-1799

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa com as despesas com mantimentos e outros gêneros da Fortaleza da Barra. Na qual existem entre outros: açúcar, arroz, azeite, carne, manteiga, chá e café.

    Data: dezembro de 1798

    Local: Pará

    Folha(s): 406

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 20

    Datas-limite: 1799-1799

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa descrevendo as embarcações (galera, escunas) e respectivas quantidades e valores dos gêneros transportados em cada uma delas para serem exportados do Pará para o porto de Lisboa. Incluindo gêneros como cacau, salsa, cravos finos e café.

    Data: 1799

    Local: Pará

    Folha(s): 437

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 20

    Datas-limite: 1799-1799

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: mapa de carga do valor de gêneros que exporta da cidade do Pará para o porto de Lisboa na Galera Minerva. Entre os produtos a serem exportados existem: arroz, cacau, mel, café.

    Data: 1799

    Local: Pará

    Folha(s): 440

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 16

    Datas-limite: 1796-1796

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: declaração de Manoel das Neves, mestre do navio São João Magnânimo, na qual afirma que transporta a bordo do mesmo navio quinze caixões com diversas espécies de plantas, dentre as quais tapereba, pimenta, salva e café, destinadas a corte de Lisboa por solicitação de Luis Pinto de Souza, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, da Guerra, e dos Domínios Ultramarinos.

    Data: 7 de junho 1796

    Local: Pará

    Folha(s): 203-203v

     

    Conjunto documental: Correspondência original dos governadores do Pará com a Corte. Cartas e anexos

    Notação: códice 99, vol. 17

    Datas-limite: 1797-1797

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Ementa: balanço apresentado os cálculos dos respectivos artigos de rendimentos do ano da Capitania do Pará e suas devidas explicações. Nos artigos existentes no balanço encontram-se entre outros os rendimentos do cacau, café, salsa, cravos finos, e anil divididos em quatro trimestres.

    Data: 1797

    Local: Pará

    Folha(s): 303-304

     

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    Mapa dos produtos exportados para a Áustria

    Mapa resumido da balança geral do comércio de Portugal e suas províncias a outras nações que mostra os produtos, e respectivas quantidades, exportados da cidade de Lisboa para a Áustria no ano de 1818 . Constam da tabela itens exportados por Portugal, como vinho; do Brasil, açúcar, cacau, café e drogas; e das possessões da Ásia, especiarias e tecidos.

     

    Conjunto documental: Resumo da balança geral do comércio do reino de Portugal com o Brasil, domínios e nações estrangeira
    Notação: códice 731, vol. 03
    Datas-limite: 1818-1818
    Título do fundo: Negócios de Portugal
    Código do fundo: 59
    Argumento de pesquisa: café
    Data do documento: 3 de dezembro de 1819
    Local: s.l.
    Folha(s): 74

     

    Exportação de Lisboa para a Áustria[1], no ano de 1818

    Produções do Reino

    385       // Arrobas        // Atanados[2]                ...        a 5.280             // 2.032$800

    8          // Pipas           // Vinho[3]                    ...        100.000            // 800$000

    ---        // ---               // Outros gêneros                                            // 560$000

     

                                                                                                                          3.392$806

     Do Brasil 

    141.753            // Arrobas        // Açúcar[4] =

                                                   122.463 branco

                                                                                      }           // 427.975$175

                                                   19.290 mascavado

    2.799               // Arrobas        // Algodão[5]      ...                    // 30.552$480

    9.440               // Arrobas        // Cacau[6]        ...                    // 33.228$800

    6.549               // Arrobas        // Café[7]                      ...                    // 51.082$200

    ---                    // ---               // Drogas[8] e outros efeitos      // 11.204$180                                     

                                                                                                                          554.042$835

    Da Ásia

    2.526               //Arrobas         //Algodão         ...                    // 14.145$600

    6.570               //Peças            //Cassas          ...                    // 14.601$920

    92.768              //Arrasteis       //Especiarias[9] ...                    // 20.897$920

    ---                    //                    //Outros gêneros e tecidos       // 9.719$600

                                                                                                                          54.365$040

    Gêneros de fora do reino reexportados              ...                    // 842$740

                                                                                                                          612.643$415

    Alcance do comércio da Praça de Lisboa ...                    // 252.470$350                                                                                                      

    Rs        805.113$765

     

    [1]ÁUSTRIA: as relações entre o Brasil e a Áustria remontam ao começo do século XIX. Em 1815, à época do Congresso de Viena, depois da derrota definitiva de Napoleão na península Ibérica, têm início constantes pedidos do Reino reclamando o retorno do príncipe d. João e da Corte a Portugal, já livre da ocupação francesa. Consta ter partido do primeiro-ministro francês, Talleyrand, a sugestão da elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves, podendo assim o regente permanecer mais tempo em terras brasileiras. Em 1816, foi acordado o casamento entre o príncipe herdeiro d. Pedro de Alcântara e a arquiduquesa da Áustria, d. Leopoldina. A ilustrada e refinada futura princesa chegou ao Brasil em 1817, seguida de um séquito de damas e acompanhantes, e também de artistas, naturalistas, botânicos, o que ficou conhecido, posteriormente, como a missão austríaca, justificando a fama de instruída, inteligente e amante das artes e das ciências atribuída à princesa. Os naturalistas Karl Phillip von Martius e Johann Baptist von Spix integraram a viagem de exploração e conhecimento do Brasil, que resultou na célebre obra Viagem ao Brasil e, depois, na igualmente importante Flora Brasiliensis. O botânico Martius foi também responsável por um dos primeiros textos historiográficos do Brasil, a memória Como se deve escrever a história do Brasil, vencedora do concurso promovido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) em 1840 e publicado em português em 1845. O casamento com d. Leopoldina propiciou um estreitamento das relações entre Brasil e Áustria a partir do período joanino, inclusive no comércio entre o Reino Unido português e a potência europeia, sobretudo depois de declarada a independência brasileira em 1822, com apoio da futura imperatriz. A Áustria foi um dos primeiros países europeus a reconhecer a independência, depois apenas da Inglaterra e de Portugal, em 1825, tendo firmado, já em 1827, um Tratado de Navegação e Comércio bastante vantajoso com o Brasil, no qual tinha os mesmos benefícios alfandegários que a Grã-Bretanha.

    [2]ATANADOS: termo utilizado para designar as substâncias vegetais, tais como cascas de árvores, sementes, folhas, frutos, raízes e flores, usadas tanto na coloração de peles e roupas desde o início da colonização do Brasil, bem como para os couros já tingidos por esses gêneros. A colônia, sobretudo na região norte, tinha grande oferta de extratos vegetais para tingimento, bastando lembrar o pau-brasil, madeira que produzia um corante vermelho muito usado na Europa para a coloração de tecidos. A produção de couros no Brasil era complementar à atividade da pecuária para corte e leite e forneceu gêneros em quantidade bastante significativa para exportação para o Reino, muito embora não fosse suficiente para prover as necessidades da metrópole. O comércio de couros atanados, ou seja, tingidos a partir de corantes naturais, era expressivo e não se limitou a Portugal, sendo ampliado às nações amigas durante o período joanino. A região que mais participou da exportação de couro foi o Nordeste – forte na pecuária – e o Norte, abundante em plantas ricas em extratos, era responsável pela maioria dos corantes empregados nos curtumes, principalmente de Pernambuco e da Paraíba, onde ficavam as fábricas. Uma vantagem na venda do couro já atanado, além do valor agregado pelo tingimento, era que o material se tornava mais firme e resistente. A confecção de couros, atanados ou não, teve grande importância comercial para o Brasil durante o século XVIII, sobretudo para o sertão nordestino.

    [3] VINHO: bebida alcoólica resultante da fermentação do sumo das uvas (mosto), que contém grande concentração natural de açúcares, em contato com leveduras existentes na casca do fruto. O primeiro registro sobre a existência de um vinhedo cultivado data do ano 7.000 a.C. e se situava na região da Europa oriental e costa do mar Negro. Mais tarde, o plantio da vinha chegou ao Egito, à Grécia e a outras partes da Europa. A utilização do vinho nos sacramentos cristãos garantiu a sobrevivência da viticultura no período medieval: foi em torno das catedrais e dos mosteiros que os monges a aperfeiçoaram, a partir do emprego de castas de uvas especiais e da melhoria das técnicas, o que resultou num produto de melhor qualidade, permitindo sua comercialização no final desse período. Portugal possuía longa tradição vinícola; no século XVIII, já exportava quantidade significativa de vinho do porto e madeira para o mercado inglês. Nesse mesmo período, a produção vinícola das províncias do norte começava a se destacar, suplantando a produção do vinho fortificado, assemelhado ao do porto, produzido na ilha da Madeira. Para sua comercialização, os vinhos eram classificados segundo tipo e qualidade. Vinho de feitoria (oriundo de região demarcada), vinho de quintas (produzido e comercializado por vinicultores individuais), vinho de embarque (de qualidade adequada para exportação), vinho generoso (licoroso, com elevados teores de açúcar e fortificado com uma graduação alcoólica entre 14 a 18º servido, normalmente, como aperitivo) são algumas dessas classificações. No início da colonização, havia no Brasil uma produção significativa em São Paulo que foi proibida para não prejudicar o comércio de importação da portuguesa. O vinho era a bebida consumida pela elite colonial que o apreciava também devido às suas qualidades terapêuticas. Foi bastante considerável o volume de comércio de importação do vinho português para o Brasil. A Coroa portuguesa garantiu o mercado colonial para seu produto concedendo à Companhia de Comércio (1649) o monopólio da sua importação (estanco). Chegou mesmo a ser usado como moeda no início do tráfico de escravos, mas acabou substituído pelas aguardentes já no século XVII, produto mais barato, de maior durabilidade e aceitação na África.

    [4]AÇÚCAR: produto extraído principalmente da cana-de-açúcar e da beterraba, também chamado sacarose, constituiu uma das fontes de financiamento da expansão portuguesa. Originária da Nova Guiné, a cana sacarina foi trazida pelos árabes que a introduziram no norte da África e na Europa mediterrânea. Por muito tempo foi uma especiaria rara e de propriedades medicinais, além de seu emprego como tempero nas conservas e doces. Em Portugal, a cultura da cana existiu desde o século XIV no Algarves e na região de Coimbra, passando para a ilha da Madeira na costa africana, em meados do século seguinte, até ser bem-sucedido nas ilhas de São Tomé e Príncipe na primeira metade do século XVI. Não há precisão quanto à data de introdução da cana-de-açúcar no Brasil, embora se assinale sua presença na capitania de Pernambuco nas primeiras décadas do Seiscentos. Já o início da maior sistematização de seu plantio teria se dado a partir da segunda metade do século XVI. A fabricação do açúcar exigia alguns requisitos: por um lado, a instalação de um engenho demandava capitais consideráveis, por outro, requeria trabalhadores especializados. Exceto por esses trabalhadores, livres e assalariados, a mão de obra dos engenhos era predominantemente escrava. De início, recorreu-se aos indígenas, mas, após 1570, os africanos tornaram-se cada vez mais comuns. O comércio da escravatura converteu-se em um lucrativo negócio nessa época. O cultivo da cana-de-açúcar progrediu ao longo do litoral brasileiro na direção norte, se desenvolvendo mais no Nordeste, especialmente nas capitanias da Bahia e de Pernambuco, sendo esta última a maior produtora de açúcar do Brasil, com 66 engenhos no fim do Quinhentos. Nesse período, a maior parte do açúcar brasileiro destinava-se ao mercado internacional, chegando a portos do norte da Europa, especialmente Londres, Hamburgo, Antuérpia e Amsterdã, onde eram refinados e comercializados. A cultura da cana-de-açúcar foi também muito importante, para o mercado interno. Muitos engenhos aproveitavam o açúcar para a produção da aguardente que, consumida localmente, dava grandes lucros aos seus senhores chegando a ter sua comercialização proibida pela Coroa. A fabricação de açúcar foi, seguramente, o primeiro empreendimento econômico a funcionar de modo organizado nas terras brasileiras. Outras atividades surgiram, mas a empresa açucareira se manteve na liderança por mais de um século.

    [5] ALGODÃO: diversas espécies nativas de algodão podiam ser encontradas no Brasil desde os primeiros anos de colonização. A chegada das primeiras técnicas de fiação e tecelagem com a fibra algodoeira, no entanto, datam do século XVII, quando as roupas de algodão passaram a ser utilizadas para a vestimenta dos escravos nos meses mais quentes. A partir da segunda metade do século XVIII, a crescente demanda pelo consumo de algodão pelo Império britânico forçou a expansão do cultivo e a fabricação de fios no Brasil. Esse processo provocou uma segunda onda de interiorização da produção mercantil para exportação, isso porque o plantio do algodão é mais propício em clima seco, com chuvas regulares, ou seja, em áreas afastadas do litoral. Foi no Maranhão, através dos incentivos criados pela Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão, que a produção algodoeira obteve crescimento mais intenso e longevo, perdurando até meados do século XIX. No Estado do Grão-Pará e Maranhão, serviu ainda ao pagamento dos funcionários régios e às transações comerciais (na forma de novelos ou de peças de pano) até 1749, quando foi introduzida a moeda metálica naquela região. No Oitocentos, apesar da onda de produção crescente, o baixo preço e a qualidade superior do algodão norte-americano terminaram por suplantar o produto brasileiro nos mercados internacionais.

    [6]CACAU: fruto do cacaueiro (Theobroma cacao L.), árvore nativa do Brasil e da América Central, encontrada dispersa em florestas tropicais. Na América Central já era usado na alimentação como bebida, no preparo do chocolate, ou de outros alimentos. O primeiro contato dos europeus com o cacau data de 1502, quando Colombo, na quarta viagem à América, encontrou um grande barco nativo transportando, entre outras mercadorias, uma espécie de amêndoas (amêndoas do dinheiro) usadas pelos índios como moeda (“moeda da felicidade”) e com as quais preparavam uma bebida deliciosa. A importância do cacau nas trocas comerciais foi tão grande que se manteve em circulação em muitas regiões americanas até meados do século XIX. Até o século XIX toda a produção de cacau era obtida do continente americano. A exploração do cacau na Amazônia brasileira começou, ainda no século XVII, colhido por índios que desciam o rio Amazonas, coletavam os frutos na mata e os enviavam à metrópole. Essa atividade requeria a autorização da administração colonial, que regulava, por meio de licenças, a quantidade de canoas que poderiam circular, o que limitava a quantidade do produto colhida nos primeiros anos. Entre 1678 e 1681, houve tentativa, por parte da Coroa portuguesa, de introduzir uma variedade de cacau já domesticada na região norte, estimulando a plantação por colonos. Todavia, a empreitada não foi adiante, apesar das vantagens concedidas em isenção de impostos, sobretudo devido à facilidade de se encontrar o cacau nativo disperso na floresta e o baixo custo para obtê-lo. O cacau amazônico tinha grande mercado na Europa e as licenças para o recolhimento do fruto aumentavam expressivamente, chegando a representar quase 90% de todas as exportações da região norte para a metrópole. A Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão deteve o monopólio do comércio e o cacau representou cerca de 80% de seu total de exportações, sendo o principal produto da companhia até sua extinção em 1777. No reinado de d. José I a cultura do cacaueiro se instalou no Brasil, em especial na Bahia, onde a planta encontrou solo e clima bastante adequados para o plantio, sendo até hoje região de notável produção. A partir de meados do XVIII, a produção por livre coleta começou a lentamente declinar. No princípio do século XIX, o cacau ocupava o 6º lugar entre os produtos coloniais mais exportados para a Europa.

    [7]CAFÉ: planta de origem etíope da família das rubiáceas, começou a ser utilizada como bebida na Arábia. A expansão do consumo pela Europa deu-se entre os séculos XVII e XVIII, por suas qualidades estimulantes. Consta que sua introdução no Brasil, em 1727, foi feita pelo oficial português Francisco de Melo Palheta, que plantou as primeiras mudas no Pará. Ao longo do século XX, o café tornou-se uma bebida popular e seu consumo e produção se expandiram, principalmente a partir de 1865, quando passou a ser comercializado torrado e empacotado (anteriormente era vendido em grãos). Destacam-se no Brasil duas grandes fases de expansão cafeeira. A primeira, no início do Oitocentos até os anos 1850, teve início nas encostas do morro da Tijuca em plantações caseiras, até a expansão por todo o vale do rio Paraíba do Sul, a leste e oeste, com foco na região da cidade de Vassouras, o maior centro produtor da época. Nestas regiões, o café iniciou seu grande desenvolvimento pela abundância de terras férteis, pelo bom clima e pela mão de obra escrava disponível. Ocupou o lugar das plantações de cana, algodão e alimentos, gerando escassez e carestia dos gêneros de abastecimento, além de ter promovido a derrubada e queimada de grandes extensões da mata atlântica. A segunda fase, que se iniciou a partir de metade do século XIX, após a proibição do tráfico de escravos, foi marcada pela expansão das lavouras para São Paulo, seguindo o vale do Paraíba e avançando pelo oeste paulista, depois de 1870. A grande demanda de mão de obra promoveu um aumento no preço dos cativos e um despovoamento das áreas de produção de açúcar no Nordeste, sobretudo. As lavouras do café no Rio de Janeiro e de São Paulo gerou significativas divisas, e uma nova, poderosa e politicamente forte aristocracia rural, a dos “barões do café”. Embora lucrativo, o plantio do café desgastava muito rapidamente o solo, razão para a constante movimentação nas áreas de cultivo e declínio da produção na região fluminense. Outro problema era a carência do uso de novas técnicas e instrumentos. A adoção de ferramentas como o arado e de máquinas a vapor para o beneficiamento, e mesmo de procedimentos simples como o enfileiramento dos pés, só foram adotados a partir dos anos 1870. Essa era uma das razões para o café brasileiro ser considerado de qualidade inferior, se comparado ao de outros países, o que não impediu, no entanto, que, ao longo do período imperial, o Brasil fosse o responsável por 50% da produção mundial, número que aumentou para 75% nas primeiras décadas da República.

    [8]DROGAS DO SERTÃO: a necessidade do uso de especiarias e outros gêneros na alimentação e conservação foi um dos motores das grandes navegações no século XVI, em busca de novos caminhos para o Oriente e de terras onde se pudessem explorar essa e outras riquezas. As então chamadas “drogas” eram “todo o gênero de especiaria aromática; tintas, óleos [...]”, conforme o dicionarista Morais e Silva de 1798 (baseado na definição de Raphael Bluteau), e ficaram conhecidas na historiografia brasileira como drogas do sertão ou do mato, produtos nativos ou aclimatados, vindos do norte da colônia, onde se localizam atualmente os estados do Amazonas, Pará e Maranhão. Na prática, referiam-se a especiarias, castanhas, frutas, ervas, sementes, tintas e também animais originários da Amazônia. O início da exploração das drogas no Brasil combinou a necessidade de Portugal conter o avanço de estrangeiros nas colônias do norte e recuperar o comércio de especiarias, a esta altura interrompido com o Oriente, aclimatando espécies de outros continentes e colhendo as nativas que poderiam substituir as tradicionais. Apoiada mais na extração do que no cultivo, a produção de drogas floresceu no norte do Brasil e tornou-se a atividade econômica mais importante da região, baseada na mão-de-obra indígena, e até 1759, controlada pela Companhia de Jesus. Foi das trocas com as populações autóctones que os portugueses tiraram o conhecimento das drogas e aprenderam a usá-las na alimentação. Belém foi a base para o escoamento da produção e para o comércio com o restante da colônia e com a metrópole, sendo que muitas vezes não eram vendidas, mas trocadas por outros produtos inexistentes no local. Durante a governação pombalina, foi criada a Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão (1755), com a finalidade de impulsionar e controlar melhor a extração e o comércio das drogas, bem como introduzir novas culturas no norte/nordeste, como o arroz e o algodão. Apesar do progresso obtido pela Companhia, esta acabou extinta em 1777, durante o reinado mariano, trazendo um período de declínio para a produção dos gêneros. As drogas do sertão tiveram um papel importante na alimentação e no paladar dos habitantes da colônia, combinando produtos da terra com ingredientes e receitas vindas da Europa e criando uma culinária própria, mistura de hábitos indígenas, africanos e europeus. Entre os alimentos nativos destacavam-se o peixe-boi, muito apreciado pela carne e pela gordura, e a tartaruga e seus ovos, considerados iguarias, e que forneciam um tipo de manteiga, artigo raro na colônia. As drogas que se tornaram mais conhecidas e foram mais amplamente consumidas eram as variadas pimentas, as castanhas, o urucum, o gengibre, a salsaparrilha, o cacau e os animais – entre as nativas –, e o cravo, a canela, a urzela e o anil, que se adaptaram bem em terras brasileiras.

    [9]ESPECIARIAS: palavra proveniente do termo latim especia = substância. Tinha o sentido de substâncias raras e caras, usadas em pequenas quantidades, para fins de perfumaria, remédios e condimentos (principalmente na conservação dos alimentos). A necessidade do uso de especiarias e outros gêneros na alimentação e conservação foi um dos motores das grandes navegações no século XVI, em busca de novos caminhos para o Oriente e de terras onde se pudessem explorar essas riquezas. A noz-moscada, o gengibre, a canela, o cravo-da-índia, a pimenta (líder absoluta da preferência das importações), e, por algum tempo, o açúcar são alguns exemplos de especiarias apreciadas pelos europeus na Idade Moderna. O açúcar deixou de ser considerado uma especiaria com o início de seu consumo em massa, a partir da monocultura de cana-de-açúcar fomentada pelos portugueses. A expressão francesa “caro como pimenta” data desta época, sendo utilizada para caracterizar o alto preço de um algum produto, assim como o valor das especiarias.

    Carlos Fraser solicita estabelecer um cafezal na Bahia

    Ofício do inglês Carlos Fraser para a Junta de Comércio no qual escreve que pretende estabelecer um cafezal e um algodoal juntos, e solicita uma recomendação ao governador da Bahia para proteger suas diligências e facultar-lhe terras que estejam desocupadas.

     

    Conjunto documental: Junta do Comércio. Empregados
    Notação: caixa 386, pct. 01
    Datas-limite: 1810-1846
    Título do fundo: Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação
    Código do fundo: 7X
    Argumento de pesquisa:café
    Data do documento:[1810]
    Local:Rio de Janeiro
    Folha(s):-

     

    Leia esse documento na íntegra

     

    Senhor

    Diz Carlos Fraser[1], inglês de nação, que tendo-se constantemente empregado no exercício da agricultura[2], calculando as vantagens, que ela oferece; e observando de próximo a ordem regular das estações, com a fertilidade natural do terreno do Brasil; pretende por em prática o fruto das suas observações, e experiências na circunvizinhança da Bahia[3] ou Pernambuco, estabelecendo um algodoal[4], e cafezal[5] juntamente, e unidos, para melhor aproveitar as vantagens, que oferece o trabalho dos escravos[6], e do lavrador[7]. E como a qualidade do estrangeiro o priva das proporções convenientes para a aquisição do terreno, ao mesmo tempo, que o estabelecimento do suplicante é de suma vantagem, tanto para a nação em geral, como para os lavradores em particular, pelos conhecimentos que vão adquirir pelo uso das máquinas usadas nas colônias inglesas, de que o suplicante tem pleno conhecimento, e prática: por isso implora a vossa alteza real se digne dar ao suplicante toda a proteção, e recomendá-lo ao governador daquela capitania, para proteger as suas diligências, e facultar-lhe terras, que estejam desocupadas, e que sejam cômodas para o dito estabelecimento.

    Para a vossa alteza real se digne atender ao suplicante com as providências, que julgar conveniente.

    Espera receber mercê.

     

     

    [1]FRASER, CHARLES: o explorador inglês estabeleceu-se na Bahia na década de 1810, na região próxima a Porto Seguro, hoje município de Prado. Sua estadia no Brasil foi, em parte, narrada em cartas que ele enviava a lorde Castlereagh, secretário dos Negócios Estrangeiros da Grã-Bretanha durante parte do período joanino, nas quais informava ao governo britânico sobre a visão que os brasileiros tinham dos ingleses e as dificuldades enfrentadas no estabelecimento de sua propriedade. Fraser é mencionado na obra Viagem ao Brasil nos anos de 1815, 1816 e 1817 de Maximilian Alexander Philipp, príncipe de Wied-Neuwied, que relata alguns encontros com ele, já como proprietário de uma sesmaria na localidade de Cumuruxatiba, chamada de “fazenda” Caledônia, onde tinha um engenho de farinha de mandioca, provido de mão de obra negra escrava e indígena. Segundo Neuwied, uma das missões do inglês era “civilizar” os índios Pataxó, habitantes daquela região, não obtendo, no entanto, muito sucesso nessa empreitada, tampouco no controle de seus escravos, já que passava a maior parte do tempo ausente da propriedade.

    [2]AGRICULTURA: durante a maior parte do período colonial o sistema agrícola brasileiro se caracterizou pela grande lavoura monocultora e escravista voltada para exportação, definida por Caio Prado Junior pelo conceito de plantation. Entretanto, podiam ser encontradas também em menor escala as pequenas lavouras, policultoras e de trabalho familiar. Com a chegada da família real e toda a estrutura do Estado português, houve a necessidade de incremento no abastecimento de gêneros agrícolas especificamente para o mercado interno. À época, a estrutura agrária brasileira era pautada pela rusticidade dos meios de produção, pela adubação imprópria e falta da prática do arado, enfim, o que havia era a presença modesta de técnicas modernas de cultivo. D. João VI, atento a essa situação emergencial, criou, em 1812, o primeiro curso de agricultura na Bahia e, em 1814, no Rio de Janeiro, uma cadeira de botânica e agricultura, entregue a frei Leandro do Sacramento. O objetivo era o melhor conhecimento das espécies nativas, não apenas para descrição e classificação, mas também para descobrir seus usos alimentares, curativos e tecnológicos. Mais do que isso, a incentivo aos estudos botânicos e agrícolas era parte de uma nova mentalidade de promoção das ideias científicas, que já vinha sendo implementada em Portugal desde o final do século XVIII. A agricultura era vista como uma verdadeira “arte”, pois era o melhor exemplo de como o homem era capaz de “domesticar” a natureza e fazê-la produzir a partir das necessidades humanas. Significava a interferência do Estado em prol do aproveitamento racional das riquezas naturais, orientado pelas experimentações e pela própria razão.

    [3]BAHIA, CAPITANIA DA: estabelecida em 1534, teve como primeiro capitão donatário Francisco Pereira Coutinho, militar português pertencente à pequena nobreza que serviu nas possessões da Índia. Em 1548, fora revertida à Coroa e transformada em capitania real. Um ano mais tarde, com a fundação da cidade de Salvador, abrigou a primeira capital da colônia, posição que ocupou até 1763, quando a sede administrativa colonial foi transferida para a cidade do Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, d. José I extinguiu as capitanias de Ilhéus e de Porto Seguro e incorporou-as as suas áreas à Bahia. A ela também se subordinava, até 1820, a capitania de Sergipe d’El Rei. Sua geografia, no período colonial, estava dividida em três grandes zonas: o grande porto, que compreendia a cidade de Salvador; hinterlândia (área pouco ocupada, de desenvolvimento reduzido, subordinada economicamente a um centro urbano) agrícola, referente ao Recôncavo, e o sertão baiano, cada região com atividades econômicas específicas. A cidade de Salvador exerceu as funções de porto transatlântico para o tráfico de escravos e de cabotagem para o comércio de fumo, algodão, couro e açúcar (principal produto de exportação). No Recôncavo, destacava-se a agricultura comercial, concentrando um grande número de engenhos de açúcar. Também ali se praticava a cultura do fumo e, mais ao sul, uma agricultura de subsistência. No sertão, a principal atividade era a pecuária, tanto com produção de carne, de couro e de sebo, quanto para o fornecimento de gado que servia de força motriz nos engenhos e ao abastecimento de Salvador e do Recôncavo. Girando em torno da atividade açucareira, a vida sociopolítica baiana era reflexo da “grande lavoura”, na qual a hierarquia era dominada pelos senhores de engenho.

    [4]ALGODOAL: VER ALGODÃO: diversas espécies nativas de algodão podiam ser encontradas no Brasil desde os primeiros anos de colonização. A chegada das primeiras técnicas de fiação e tecelagem com a fibra algodoeira, no entanto, datam do século XVII, quando as roupas de algodão passaram a ser utilizadas para a vestimenta dos escravos nos meses mais quentes. A partir da segunda metade do século XVIII, a crescente demanda pelo consumo de algodão pelo Império britânico forçou a expansão do cultivo e a fabricação de fios no Brasil. Esse processo provocou uma segunda onda de interiorização da produção mercantil para exportação, isso porque o plantio do algodão é mais propício em clima seco, com chuvas regulares, ou seja, em áreas afastadas do litoral. Foi no Maranhão, através dos incentivos criados pela Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão, que a produção algodoeira obteve crescimento mais intenso e longevo, perdurando até meados do século XIX. No Estado do Grão-Pará e Maranhão, serviu ainda ao pagamento dos funcionários régios e às transações comerciais (na forma de novelos ou de peças de pano) até 1749, quando foi introduzida a moeda metálica naquela região. No Oitocentos, apesar da onda de produção crescente, o baixo preço e a qualidade superior do algodão norte-americano terminaram por suplantar o produto brasileiro nos mercados internacionais.

    [5]CAFÉ: planta de origem etíope da família das rubiáceas, começou a ser utilizada como bebida na Arábia. A expansão do consumo pela Europa deu-se entre os séculos XVII e XVIII, por suas qualidades estimulantes. Consta que sua introdução no Brasil, em 1727, foi feita pelo oficial português Francisco de Melo Palheta, que plantou as primeiras mudas no Pará. Ao longo do século XX, o café tornou-se uma bebida popular e seu consumo e produção se expandiram, principalmente a partir de 1865, quando passou a ser comercializado torrado e empacotado (anteriormente era vendido em grãos). Destacam-se no Brasil duas grandes fases de expansão cafeeira. A primeira, no início do Oitocentos até os anos 1850, teve início nas encostas do morro da Tijuca em plantações caseiras, até a expansão por todo o vale do rio Paraíba do Sul, a leste e oeste, com foco na região da cidade de Vassouras, o maior centro produtor da época. Nestas regiões, o café iniciou seu grande desenvolvimento pela abundância de terras férteis, pelo bom clima e pela mão de obra escrava disponível. Ocupou o lugar das plantações de cana, algodão e alimentos, gerando escassez e carestia dos gêneros de abastecimento, além de ter promovido a derrubada e queimada de grandes extensões da mata atlântica. A segunda fase, que se iniciou a partir de metade do século XIX, após a proibição do tráfico de escravos, foi marcada pela expansão das lavouras para São Paulo, seguindo o vale do Paraíba e avançando pelo oeste paulista, depois de 1870. A grande demanda de mão de obra promoveu um aumento no preço dos cativos e um despovoamento das áreas de produção de açúcar no Nordeste, sobretudo. As lavouras do café no Rio de Janeiro e de São Paulo gerou significativas divisas, e uma nova, poderosa e politicamente forte aristocracia rural, a dos “barões do café”. Embora lucrativo, o plantio do café desgastava muito rapidamente o solo, razão para a constante movimentação nas áreas de cultivo e declínio da produção na região fluminense. Outro problema era a carência do uso de novas técnicas e instrumentos. A adoção de ferramentas como o arado e de máquinas a vapor para o beneficiamento, e mesmo de procedimentos simples como o enfileiramento dos pés, só foram adotados a partir dos anos 1870. Essa era uma das razões para o café brasileiro ser considerado de qualidade inferior, se comparado ao de outros países, o que não impediu, no entanto, que, ao longo do período imperial, o Brasil fosse o responsável por 50% da produção mundial, número que aumentou para 75% nas primeiras décadas da República.

    [6] ESCRAVOS [AFRICANOS]: pessoas cativas, desprovidas de direitos, sujeitas a um senhor, como propriedades dele. Embora a escravidão na Europa existisse desde a Antiguidade, durante a Idade Média ela recuou para um estado residual. Com a expansão ultramarina, no século XV, revigorou-se, mas adquiriu contornos bem diferentes e proporções muito maiores. No mundo moderno, um grupo humano específico, que traria na pele os sinais de uma inferioridade na alma estaria destinado à escravidão. Diferentemente da escravidão greco-romana, onde certos indivíduos eram passíveis de serem escravizados, seja através da guerra ou por dívidas, o sistema escravocrata moderno era mais radical, onde a escravidão passa a ser vista como uma diferença coletiva, assinalada pela cor da pele, nas palavras do historiador José d'Assunção Barros, “um grupo humano específico traria na cor da pele os sinais de inferioridade” (“A Construção Social da Cor - Desigualdade e Diferença na construção e desconstrução do Escravismo Colonial. XIII Encontro de História da Anpuh-Rio, 2008). Muitos foram os esforços no sentido de construir uma diferenciação negra, buscando no discurso bíblico, justificativas para a escravidão africana. No Brasil, de início, utilizou-se a captura de nativos para formar o contingente de mão de obra escrava necessária a colonização do território. Por diversos motivos – lucro com a implantação de um comércio de escravos importados da África; dificuldade em forçar o trabalho do homem indígena na agricultura; morte e fuga de grande parte dos nativos para áreas do interior ainda inacessíveis aos europeus – a escravidão africana começou a suplantar a indígena em número e importância econômica quando do início da atividade açucareira em grande extensão do litoral brasileiro. Apesar disso, a escravidão indígena perduraria por bastante tempo ainda, marcando a vida em pontos da colônia mais distantes da costa e em atividades menos extensivas. O desenvolvimento comercial no Atlântico gerou, por três séculos, a transferência de um vasto contingente de africanos feitos escravos para a América. A primeira movimentação do tráfico de escravos se fez para a metrópole, em 1441, ampliando-se de tal modo que, no ano de 1448, mais de mil africanos tinham chegado a Portugal, uma contagem que aumentou durante todo o século XV. Tal comércio foi um dos empreendimentos mais lucrativos de Portugal e outras nações europeias. Os negros cativos eram negociados internacionalmente pelos europeus, mas estes, poucas vezes, tomavam para si a tarefa de captura dos indivíduos. Uma vez que o aprisionamento de inimigos e sua redução ao estado servil eram práticas anteriores ao estabelecimento de rotas comerciais ultramarinas, em geral consequência de guerras e conflitos entre diferentes reinos ou tribos, os comerciantes passaram a trocar estes prisioneiros por produtos de interesse dos grandes líderes locais (os potentados) e por apoio militar nos conflitos locais. Embora a escravização de inimigos fosse uma prática anterior à chegada dos europeus, deve-se salientar que o estatuto do escravo na África era completamente diferente daquele que possuía o escravo apreendido e vendido para trabalho nas Américas. Nos reinos africanos, a condição não era indefinida e nem hereditária, e senhores chegavam a se casar com escravas, assumindo seus filhos. O comércio com os europeus transformou os homens e sua descendência em mercadoria sem vontade, objeto de negociação mercantil. Os europeus passaram a instigar guerras e conflitos locais, de forma a aumentar a captura de possíveis escravos, desintegrando a antiga estrutura econômica e social dos reinos africanos. A produção historiográfica sobre a escravidão vem crescendo nos últimos anos, não só escravismo colonial, mas também o comércio de cativos para a própria Europa, sobretudo na bacia mediterrânea, têm sido estudados. A presença de escravos negros em Portugal tornar-se-ia uma constante no campo mas, sobretudo, nas cidades e vilas, onde podiam trabalhar em obras públicas, nos portos (carregadores), nas galés, como escravos de ganhos e domésticos, entre outros. No século XV, os negros africanos já tinham suas habilidades reconhecidas tanto em Portugal quanto nas ilhas atlânticas (arquipélagos de Madeira e Açores). Localizadas estrategicamente e com solo de origem vulcânica, logo foi implantado um sistema de colonização assentado na exploração de bens primários, como o açúcar.  A escravidão foi um dos alicerces essenciais do sucesso desse empreendimento, que acabou sendo transferido para o Brasil, quando essa colônia se mostrou economicamente vantajosa. Dessa forma, no litoral da América portuguesa logo seria implantado o sistema de plantation açucareiro, com a introdução da mão de obra africana. E, ao longo do processo de colonização luso, o trabalho escravo tornou-se a base da economia colonial, presente nas mais diversas atividades, tanto no campo quanto nas cidades. Uma das peculiaridades da escravidão nesse período é representada pelos altos gastos dos proprietários com a mão de obra, muitas vezes mais cara do que a terra. Iniciar uma atividade de lucro demandava um alto investimento inicial em mão de obra, caso se esperasse certeza de retorno. A escravidão e a situação do escravo variavam, dentro de determinados limites, de atividade para atividade e de local para local. Mas de uma forma geral, predominavam os homens, já que o tráfico continuou suas atividades intensamente pois, ao contrário do que ocorria na América inglesa, por exemplo, houve pouco crescimento endógeno entre a população escrava na América portuguesa. Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco foram os principais centros importadores de escravos africanos do Brasil. Além de formarem a esmagadora maioria da mão de obra nas lavouras, nas minas, nos campos, e de ganharem o sustento dos senhores menos abastados realizando serviços nas ruas das vilas e cidades (escravos de ganho), preenchendo importantes nichos da economia colonial, os escravos negros também eram recrutados para lutar em combates. A carta régia de 22 de março de 1766, pela qual d. José I ordenou o alistamento da população, inclusive de pardos e negros para comporem as tropas de defesa, fez intensificar o número dessa parcela da população nos corpos militares. Ingressar nas milícias era um meio de ascensão social, tanto para o negro escravo quanto para o forro. A escravidão é um tema clássico da historiografia brasileira e ainda bastante aberto a novas abordagens e releituras. A perspectiva clássica em torno do tema é a do “cativeiro brando” e o caráter benevolente e não violento da escravidão brasileira, proposta por Gilberto Freyre em Casa Grande e senzala no início da década de 1930. Contestações a essa visão surgem na segunda metade do século XX, nomes como Florestan Fernandes, Emília Viotti, Clóvis Moura, entre outros, desenvolvem a ideia de “coisificação” do negro e as circunstâncias extremamente árduas em que viviam, bem como a existência de movimentos de resistência ao cativeiro, como é o caso das revoltas de escravos e a formação dos quilombos. Já perspectivas historiográficas recentes reviram essa despersonalização do escravo, considerando-o como agente histórico, com redes de sociabilidade, produções culturais e concepções próprias sobre as regras sociais vigentes e como os negros buscaram sua liberdade, contribuindo decisivamente para o fim da escravidão.

    [7]LAVOURA: a agricultura surge no início da colonização da América portuguesa para melhor aproveitar as terras descobertas, como uma solução para a necessidade de ocupar, povoar e fazer produzir a colônia, quando se acreditava que as novas terras não eram promissoras em metais preciosos. Inicialmente tentou-se ajustá-las para a produção de gêneros europeus importados por Portugal; com o passar do tempo percebeu-se que alguns produtos não se adaptariam ao terreno e ao o clima, adotando-se o uso de produtos tropicais já cultivados pelos índios, ou outros produtos com grande valor comercial. A cana-de-açúcar foi o primeiro e o mais duradouro destes gêneros produzidos para a exportação. A agricultura colonial era apoiada no trabalho escravo, utilizava grandes áreas territoriais e tendia a se focar na exploração em massa de um gênero: o tripé escravidão, latifúndio e monocultura. No entanto, não se pode limitar o entendimento da lavoura na colônia a estas bases. Era comum a existência de grandes fazendas com lavouras não voltadas para o mercado externo. Como as técnicas de produção eram muito rudimentares (durante todo o período colonial e grande parte do Império), verificando-se a ausência do uso do arado, da adubação e do descanso das terras, grandes extensões de terreno eram necessárias para o plantio, além das necessidades habituais decorrentes do aumento da produção e do comércio. Quanto ao caráter de monocultura, embora se reconheça que as grandes lavouras produziam principalmente um produto para a exportação, sabe-se também que quase todas elas mantinham em seus terrenos, áreas consideráveis dedicadas a gêneros para consumo interno ou para abastecimento. Havia, em paralelo a esta grande plantação, pequenas propriedades produtoras de gêneros para o mercado interno que exerciam um papel complementar, suprindo a colônia. Sustentadas no trabalho familiar e na produção de mais de um gênero, essas lavouras foram responsáveis pela ocupação inicial do interior, o chamado sertão, para onde partiam os lavradores e suas famílias, em busca de solo mais fértil, haja vista que dentro ou nas franjas das grandes propriedades, somente ocupavam terras devolutas ou pobres. Por todo o período colonial, a grande lavoura mais lucrativa foi de cana-de-açúcar, seguida pelo tabaco, valoroso como moeda de troca por escravos na África, e pelo algodão, que ganhou importância depois do século XVIII, quando cresceu a demanda da indústria têxtil inglesa. Durante o período "áureo" da mineração, a agricultura, de forma geral, passou por reformulações: muitos escravos e braços utilizados na terra foram desviados para a extração de minérios; a receita gerada pela lavoura foi suplantada pelos vultosos e rápidos lucros obtidos com o ouro e os diamantes, colocando-a, de certa forma, em segundo lugar nas atenções da Coroa; e a lavoura de abastecimento cresceu em importância. Diversas famílias de agricultores pobres que se dedicavam à pequena lavoura de abastecimento lançaram-se à aventura do ouro, em busca de enriquecimento fácil, e devido à consequente diminuição na produção de alimentos, a fome e a carestia tomaram conta não somente do distrito aurífero, mas de boa parte da colônia. Até mesmo a escravos era possível desenvolver pequenas roças para subsistência e abastecimento, o que parte da historiografia brasileira sobre a colônia considera como a origem da "brecha camponesa", temática bastante debatida a partir dos anos 1960. A partir de meados do século XVIII, no âmbito da política fomentista da administração pombalina, começou-se a investir mais em estudos científicos para a melhoria das técnicas agrícolas, visando o aumento da produtividade e da produção. A agricultura passou a ser vista como uma arte, um exemplo da capacidade do homem interagir com seu ambiente e transformá-lo em seu benefício. E segundo este mesmo pensamento inspirado na fisiocracia, de grande influência no meio ilustrado luso- brasileiro, passou também a ser encarada como a grande fonte de riqueza do Estado, para onde deveriam se voltar todos os esforços, científicos e práticos.

    Privilégio sobre máquina de descascar café

    Consulta de Luis Souvain e Simão Clothe, que alegam ter inventado uma máquina para descascar café, capaz de ser movida por um homem, por água ou tração animal, e solicitam privilégio de dez anos de exclusividade para construir o invento, e que incidam penas sobre quem o fizer sem sua autorização. Os criadores prometem a doação de uma réplica para exposição pública. A máquina foi inspecionada e seu funcionamento pareceu à Junta digno da súplica, porém a decisão final, caberia a d. Pedro, então príncipe regente. D. Pedro concede a patente em 13 de julho de 1822 – esta é considerada a primeira patente brasileira.

     

    Conjunto documental: Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação. Registro de Consultas

    Notação: códice 46, vol. 05

    Datas-limite: 1821-1824

    Título do fundo: Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação

    Código do fundo: 7X

    Argumento de pesquisa: café

    Data do documento: 6 de julho de 1822

    Local: Rio de Janeiro

    Folha(s): 28-29

     

    Leia esse documento na íntegra

     

    Registro da consulta sobre o requerimento de Luis Souvain e Simão Clothe em que pedem privilégio exclusivo por dez anos para uma máquina[1] de descascar café[2] de sua invenção.

    Privilégio sobre máquina de descascar café

    Senhor

    Vossa Alteza Real[3] por portaria expedida pela Secretaria de Estado dos Negócios do Reino do Brasil, em data de quatro de maio do corrente ano ordenou, que este Tribunal da Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação[4], consultasse com efeito o que lhe parecesse sobre o requerimento de Luis Souvain e Simão Clothe, o qual é do teor seguinte.

     Senhor 

    Diz Luis Souvain e Simão Clothe, que eles têm inventado uma máquina para descascar café, a qual além de ser inteiramente própria da invenção dos suplicantes, produz todo o bom resultado, ou seja pela perfeição, com que descasca o café sem lhe quebrar o grão, ou seja pela brevidade, economia, e simplicidade do trabalho, como se poderá ver por exame feito à mesma máquina, que se bem está construída para ser trabalhada por um homem, é suscetível de maquinismo próprio para ser movida ou por um animal, ou por água. E como esta máquina é toda da invenção dos suplicantes, requerem estes a Vossa Alteza Real o privilégio exclusivo por dez anos dentro dos quais os suplicantes possam construir esta máquina com as penas estabelecidas contra os que a fizerem, ou as [sic] mandarem fazer sem licença dos suplicantes, como é de costume em todos os países, onde se favorece a indústria[5] e se premia o merecimento dos inventores e artistas. Os suplicantes em reconhecimento a esta graça que imploram a Vossa Alteza Real, depositam gratuitamente um modelo exato da dita máquina na casa destinada para recepção e exposição pública de máquinas estabelecidas nesta cidade, portanto: Pede a Vossa Alteza Real haja por bem conceder aos suplicantes o privilégio que suplicam uma vez que examinada a dita máquina se conheça ser ela propriamente da invenção dos suplicantes, e produzir o resultado desejado. E receberá mercê = Luis Souvain e Simon [sic] Clothe

    O Tribunal por portaria de sete do dito mês e ano encarregou ao seu deputado Inspetor das Fábricas o exame da referida máquina, e o mesmo ministro depois dos exames a que procedeu acompanhado do maquinista Gaspar José Marques deu a informação seguinte.

    Senhor

    Em portaria de sete de maio do presente ano ordena Vossa Alteza Real informe com o meu parecer o requerimento de Luis Souvain e Simão Clothe, em que pedem o privilégio deles somente poderem construir no espaço de dez anos a máquina que inventaram para descascar café; impondo-se as penas da lei a toda a outra pessoa, que sem licença dos suplicantes a fizer, ou mandar construir. Passando a ver a dita máquina, e fazendo examinar a sua construção pelo artista Gaspar José Marques[6], levo à presença de Vossa Alteza Real a sua exposição, à vista da qual, e do exame feito, pelo qual se conhece que a máquina descasca, e limpa dois alqueires de café em dez minutos, me parece que os suplicantes se fazem dignos da graça que pedem. Vossa Alteza Real porém mandará o que for mais justo. Rio de Janeiro sete de junho de mil oitocentos e vinte e dois. = Leonardo Pinheiro de Vasconcelos.

    E dando-se de tudo vista ao Conselheiro Fiscal respondeu assim.

    “À vista da presente informação não tenho que impugnar fiscalmente – Saraiva.”

    E sendo tudo visto:

    Parece ao Tribunal conformar-se com o parecer e informe do conselheiro deputado Inspetor das Fábricas, e que Vossa Alteza Real se há de dignar de conceder aos suplicantes o privilégio exclusivo por dez anos que pedem em seu requerimento para que dentro dos mesmos possam eles só construir outras máquinas semelhantes à da sua invenção para descascar o café aplicando-se as penas da lei estabelecidas contra os que fizerem ou mandarem construir outras máquinas pelo modelo da dos suplicantes sem sua licença, no que tudo também conveio o Conselheiro Fiscal na sua resposta.

    Vossa Alteza Real mandará o que for mais justo. Rio seis de julho de mil oitocentos e vinte e dois. Antônio Rodrigues Veloso de Oliveira[7] Amaro Velho da Silva[8] José da Silva Lisboa[9] = José Albano Fragoso[10] = Foram votos os deputados Antonio Luis Pereira da Cunha, e Mariano José Pereira da Fonseca

     

    [1]MÁQUINA A VAPOR: a ideia de criação de uma máquina que substituísse a força humana ou animal em trabalhos braçais existe desde a Antiguidade. A máquina a vapor desenvolvida por James Watt em 1769 era, na verdade, um motor movido a vapor de água, que revolucionou a manufatura e a indústria nos séculos XVIII e XIX. Uma das primeiras aplicações da “máquina” foi na indústria têxtil, quando os teares deixaram de ser manuais, isto é, movidos pela força de quem os manipulava, para serem mecânicos, acionados pela energia produzida pelo motor. Na prática, essa invenção proporcionou, de imediato, um aumento de produtividade, e consequentemente da produção, diminuindo o uso de mão de obra. Esteve na base da revolução industrial iniciada na Grã-Bretanha nos setecentos e foi sendo paulatinamente utilizada nos outros setores da indústria e expandindo-se por toda Europa. Em linhas gerais, o motor funcionava utilizando o vapor de água em ebulição como “combustível”. Para gerar a combustão, inicialmente, se usou lenha e depois o carvão. No século XIX, as máquinas foram inventadas com diversos propósitos, mas foram especialmente úteis e usadas no processo agrícola, para beneficiar matérias-primas. A partir da descoberta da eletricidade, e posteriormente do uso de outros combustíveis, como gases, óleos e o diesel, na segunda revolução industrial, a partir de fins do oitocentos e já no século XX, a tecnologia do vapor tornou-se obsoleta. Nos engenhos, teria a função de acelerar a moagem da cana-de-açúcar, substituindo a tração animal, as rodas d’água, e mesmo a força de trabalho escrava.

    [2] CAFÉ: planta de origem etíope da família das rubiáceas, começou a ser utilizada como bebida na Arábia. A expansão do consumo pela Europa deu-se entre os séculos XVII e XVIII, por suas qualidades estimulantes. Consta que sua introdução no Brasil, em 1727, foi feita pelo oficial português Francisco de Melo Palheta, que plantou as primeiras mudas no Pará. Ao longo do século XX, o café tornou-se uma bebida popular e seu consumo e produção se expandiram, principalmente a partir de 1865, quando passou a ser comercializado torrado e empacotado (anteriormente era vendido em grãos). Destacam-se no Brasil duas grandes fases de expansão cafeeira. A primeira, no início do Oitocentos até os anos 1850, teve início nas encostas do morro da Tijuca em plantações caseiras, até a expansão por todo o vale do rio Paraíba do Sul, a leste e oeste, com foco na região da cidade de Vassouras, o maior centro produtor da época. Nestas regiões, o café iniciou seu grande desenvolvimento pela abundância de terras férteis, pelo bom clima e pela mão de obra escrava disponível. Ocupou o lugar das plantações de cana, algodão e alimentos, gerando escassez e carestia dos gêneros de abastecimento, além de ter promovido a derrubada e queimada de grandes extensões da mata atlântica. A segunda fase, que se iniciou a partir de metade do século XIX, após a proibição do tráfico de escravos, foi marcada pela expansão das lavouras para São Paulo, seguindo o vale do Paraíba e avançando pelo oeste paulista, depois de 1870. A grande demanda de mão de obra promoveu um aumento no preço dos cativos e um despovoamento das áreas de produção de açúcar no Nordeste, sobretudo. As lavouras do café no Rio de Janeiro e de São Paulo gerou significativas divisas, e uma nova, poderosa e politicamente forte aristocracia rural, a dos “barões do café”. Embora lucrativo, o plantio do café desgastava muito rapidamente o solo, razão para a constante movimentação nas áreas de cultivo e declínio da produção na região fluminense. Outro problema era a carência do uso de novas técnicas e instrumentos. A adoção de ferramentas como o arado e de máquinas a vapor para o beneficiamento, e mesmo de procedimentos simples como o enfileiramento dos pés, só foram adotados a partir dos anos 1870. Essa era uma das razões para o café brasileiro ser considerado de qualidade inferior, se comparado ao de outros países, o que não impediu, no entanto, que, ao longo do período imperial, o Brasil fosse o responsável por 50% da produção mundial, número que aumentou para 75% nas primeiras décadas da República.

    [3] JOÃO VI, D. (1767-1826): segundo filho de d. Maria I e d. Pedro III, se tornou herdeiro da Coroa com a morte do seu irmão primogênito, d. José, em 1788. Em 1785, casou-se com a infanta Dona Carlota Joaquina, filha do herdeiro do trono espanhol, Carlos IV que, na época, tinha apenas dez anos de idade. Tiveram nove filhos, entre eles d. Pedro, futuro imperador do Brasil. Assumiu a regência do Reino em 1792, no impedimento da mãe que foi considerada incapaz. Um dos últimos representantes do absolutismo, d. João VI viveu num período tumultuado. Foi sob o governo do então príncipe regente que Portugal enfrentou sérios problemas com a França de Napoleão Bonaparte, sendo invadido pelos exércitos franceses em 1807. Como decorrência dessa invasão, a família real e a Corte lisboeta partiram para o Brasil em novembro daquele ano, aportando em Salvador em janeiro de 1808. Dentre as medidas tomadas por d. João em relação ao Brasil estão a abertura dos portos às nações amigas; liberação para criação de manufaturas; criação do Banco do Brasil; fundação da Real Biblioteca; criação de escolas e academias e uma série de outros estabelecimentos dedicados ao ensino e à pesquisa, representando um importante fomento para o cenário cultural e social brasileiro. Em 1816, com a morte de d. Maria I, tornou-se d. João VI, rei de Portugal, Brasil e Algarves. Em 1821, retornou com a Corte para Portugal, deixando seu filho d. Pedro como regente.

    [4] REAL JUNTA DO COMÉRCIO (BRASIL): em 23 de agosto de 1808, em consequência da abertura dos portos ao comércio estrangeiro, foi estabelecida no Brasil a Real Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação, em substituição à Mesa de Inspeção do Rio de Janeiro, incorporando suas funções. Foi organizada segundo o modelo da Real Junta do Comércio de Lisboa, instrumento de fiscalização e gestão do comércio ultramarino, importante no fomento à atividade agrícola e industrial. A junta acumulava funções judiciais e administrativas e entre suas funções, destacam-se: matricular os negociantes de grosso trato e seus caixeiros; regular a instalação de manufaturas e fábricas; cuidar do registro de patentes de invenções; conceder provisões de fábricas; administrar a pesca de baleias; faróis; estradas, pontes e canais; importação e exportação; além de solucionar litígios entre negociantes; dissoluções de sociedades mercantis; administração de bens de negociantes falecidos ou de firmas falidas ou em concordata, entre outros. Teve como primeiro presidente o conde de Aguiar, Fernando José de Portugal e Castro, que tomou posse em 18 de maio de 1809. Contam-se entre seus deputados, negociantes de grosso trato que exerciam o tráfico de africanos, evidenciando o papel de destaque dessa atividade no Brasil, o que incluía o recebimento de comendas como a Ordem de Cristo entre outras distinções. (FLORENTINO, Manolo et al. Aspectos comparativos do tráfico de africanos para o Brasil (Séculos XVIII e XIX). Afro-Ásia, 31 (2004), 83-126).

    [5] INDÚSTRIA NACIONAL: o termo refere-se às atividades agrícolas, comerciais e fabris, produtoras de riqueza, no interior do Império português. No século XIX, mesmo depois da Revolução Industrial inglesa, em muitos países, inclusive Portugal, o entendimento das atividades industriais era orientado pelo pensamento fisiocrata, que compreendia o setor manufatureiro como complementar à agricultura, principal fonte de riqueza de um país. Durante o período colonial, e especialmente a regência joanina, as atividades manufatureiras estiveram atreladas às necessidades do comércio de gêneros agrícolas entre as colônias e a metrópole, e à navegação. As atividades fabris serviriam para a aceleração e aumento da lavoura, substituindo a falta de braços suficientes por máquinas, promovendo um aumento da produtividade. Auxiliariam também na diversificação da produção, agrícola e fabril, visando à diminuição das importações, que muito oneravam o Estado português. Esse atrelamento da indústria à lavoura era uma das razões para as atividades fabris não se desenvolverem a contento, quer durante o período colonial, ou durante grande parte do Império: ficavam sempre em segundo plano em relação à agricultura. Um primeiro esforço significativo de investimento na indústria nacional, já durante o primeiro reinado, foi a criação da SAIN (Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional), em 1827, embora ainda muito presa ao pensamento fisiocrata, mas começando a reunir e canalizar esforços para a criação de um setor fabril mais forte e de caráter nacional, incentivando as chamadas “indústrias naturais”, que utilizavam materiais naturais e abundantes no país, em detrimento das “artificiais”, que importavam máquinas, ferramentas e matérias primas. O setor industrial no Brasil, entretanto, só começou efetivamente a se desenvolver em fins do século XIX, já com o advento da República.

    [6]MARQUES, GASPAR JOSÉ: o “artista” Gaspar José Marques é considerado um dos primeiros engenheiros portugueses. Dono de uma oficina fabril em Lisboa desde 1826, era formado nas chamadas “artes mecânicas”, tendo sido mandado pela Coroa portuguesa para a Inglaterra em 1798 para estudar com Jesse Ramsden, engenheiro e fabricante de instrumentos astronômicos, em sua oficina, onde permaneceu 14 anos e de onde saiu capacitado como construtor de instrumentos físicos e matemáticos. Em 1836 foi designado para criar e ser o diretor do Conservatório de Artes e Ofícios, estabelecimento nascido da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional (SAIN), cuja função seria também substituir as corporações de ofício que atestavam a formação de artistas e operários. A instituição seria responsável pela instrução prática e formação de novos “artistas” – artesãos, artífices, inventores – e depósito de máquinas e modelos para incremento da indústria nacional. O conservatório não teve muito sucesso até 1840, pois apesar de contar com pessoal e regulamento, não tinha sede apropriada e definitiva de funcionamento, além de carecer de máquinas, modelos e equipamento para as aulas. Somente neste ano inauguraram-se as primeiras cadeiras, de geometria e mecânica. O estabelecimento é o embrião das escolas técnicas profissionalizantes, e foi posteriormente incorporado à Escola Politécnica de Lisboa. No período em que esteve no Rio de Janeiro, Gaspar Marques atuou junto à Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação, na inspeção de máquinas. Esteve ainda à frente da Imprensa Nacional entre 1833 e 1838, e foi nomeado cavaleiro da Ordem de Cristo. Morreu em 1843.

    [7]OLIVEIRA, ANTÔNIO RODRIGUES VELOSO DE (c.1750-1824): o desembargador Veloso de Oliveira nasceu em São Paulo e faleceu na cidade do Rio de Janeiro. Filho de um rico comerciante da capitania, frequentou a Universidade de Coimbra entre 1773 e 1779, portanto no período das reformas ilustradas no ensino, formando-se em Leis em 1779, depois de ter cursado Matemática e Filosofia. Contemporâneo, entre outros, de Alexandre Rodrigues Ferreira e José da Silva Lisboa, iniciou sua carreira como magistrado na Ilha da Madeira e no Reino, retornando ao Brasil logo depois das invasões francesas. Foi nomeado chanceler da Relação do Maranhão em 1811, vindo depois para o Rio de Janeiro onde ocupou os cargos de desembargador do Paço, deputado da Mesa de Consciência e Ordens e juiz conservador da nação britânica em todo o distrito da Casa de Suplicação do Brasil. Recebeu a comenda de cavaleiro da Ordem de Cristo, era fidalgo da Casa Real, veador da imperatriz Leopoldina e conselheiro do imperador d. Pedro I. Em 1820 obteve a nomeação para deputado do Tribunal da Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação, e elegeu-se para a Assembleia Constituinte do Brasil em 1822, pela província de São Paulo, tendo destacada participação defendendo ideias bastante liberais, tais como o fim da escravidão dos negros africanos. Escreveu alguns artigos e memórias, entre as quais se destacam: Memória sobre o melhoramento da Província de São Paulo, oferecida a d. João em 1810, mas publicada somente em 1822; e a Memória sobre a Agricultura no Brasil, escrita em 1814, publicada em 1873.

    [8]SILVA, AMARO VELHO DA (1780-1845 (?)): nasceu em 1780 no Rio de Janeiro, filho de Manuel Velho da Silva e Leonarda Maria da Conceição, ele um dos maiores comerciantes de grosso trato da praça do Rio de Janeiro, e ela filha de uma rica família de traficantes de escravos. O pai e o tio, de quem Amaro herdou o nome, atuavam na importação de produtos da Ásia, como especiarias, louças orientais, entre outros, e exportavam principalmente pau-brasil e açúcar, além de terem também destaque nos “negócios d’África”, que certamente contribuíram para aumentar a significativa fortuna que Amaro herdou juntamente com os irmãos. Além de abastado negociante, foi tenente-coronel de milícias do Rio de Janeiro, vereador do Senado da Câmara, fidalgo cavaleiro da Casa Real, veador da Imperatriz e comendador da Ordem de Cristo. Em 1819 foi nomeado deputado do tribunal da Real Junta do Comércio, Fábricas, Agricultura e Navegação, considerada uma grande distinção social e mercantil ambicionada pela maioria dos comerciantes da cidade, mas somente concedida aos mais ricos, destacados e influentes na Corte. Recebeu os títulos de conselheiro do Império, de barão e visconde (depois com grandeza) de Macaé, já no 1º Reinado. A data de seu falecimento é incerta, algumas referências apontam para os anos de 1845 e 1850, mas o mais provável é que tenha sido antes de 1844 (1843?), quando seu nome deixa de constar nas listas de comerciantes da praça do Rio de Janeiro.

    [9] LISBOA, JOSÉ DA SILVA (1756-1835): primeiro barão e visconde de Cairu nasceu em Salvador e formou-se em direito pela Universidade de Coimbra. Influenciado por autores ingleses, dentre eles Adam Smith, escreve obras em defesa do liberalismo econômico. Em 1797, foi indicado para o cargo de secretário da Mesa de Inspeção da Bahia por d. Rodrigo de Souza Coutinho. À frente da Mesa, o ilustrado procurou adequá-la aos novos preceitos da economia política, em acordo com os princípios do iluminismo português, chegando a escrever uma memória sobre a situação da Mesa, onde propunha melhoramentos na organização do comércio na capitania e uma reforma na estrutura do órgão. Com a vinda da família real para o Brasil, acompanha o príncipe regente d. João e torna-se um dos seus mais assíduos assessores. Sob sua influência é adotada uma série de medidas em favor de uma economia liberal no país, entre as quais se destaca a abertura dos portos às nações amigas

    [10]FRAGOSO, JOSÉ ALBANO (1768-1843): jurista português foi nomeado ouvidor do Rio de Janeiro em 1843, passando depois para a Relação da mesma cidade no lugar de desembargador. Quando a Relação da cidade se tornou a Casa de Suplicação do Brasil em 1808, Albano Fragoso tornou-se desembargador ordinário extravagante. No ano seguinte, foi nomeado Juiz Conservador da Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação do Estado do Brasil e Domínios Ultramarinos. Quando da Revolução Pernambucana de 1817, foi designado Juiz das Diligências para apuração das circunstâncias relativas à sublevação. Foi nomeado Corregedor do Crime da Corte e Casa, em decreto de 6 de fevereiro de 1818, e dois anos depois recebeu a delicada incumbência de organizar o processo e punir os responsáveis pelo assassinato de Gertrudes Angelica Pedra, mulher de Fernando Carneiro Leão, posteriormente barão e conde da Vila Nova de São José. Dizia-se então, que o esposo da vítima mantinha um notório relacionamento com dona Carlota Joaquina, considerada responsável pelo crime.

    Café para o príncipe regente

    Carta na qual Francisco Antonio da Veiga Cabral comunica a d. Rodrigo de Souza Coutinho o pedido do príncipe regente de que lhe sejam enviadas anualmente dez arrobas do melhor café do Estado e algumas arrobas do melhor café de Moca, armazenados e transportados com a maior cautela possível. Em resposta, d. Rodrigo de Souza Coutinho informa que os caixotes de café foram devidamente armazenados e enviados pela nau de viagem Marialva, sob os cuidados do capitão de mar e guerra Antonio Joaquim dos Reis Portugal.

     

    Conjunto documental: Registro da correspondência de Goa com a Secretaria de Estado

    Notação: códice 519, vol. 01

    Datas-limite: 1800-1802

    Título do fundo: Negócios de Portugal

    Código do fundo: 59

    Argumento de pesquisa: café

    Data do documento: 10 de maio de 1801

    Local: Goa

    Folha (s): 548-548v

     

    Leia esse documento na íntegra

     

    Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor

    príncipe regente[1] nosso senhor é servido que V. EXª. mande todos os anos dez arrobas do melhor café[2], mais escolhido, mais assazonado[3], e conduzido com todo o resguardo que possa haver neste Estado, com o sobrescrito «Para S. A. R. o príncipe regente nosso senhor, e seu serviço particular» vindo encarregado o mestre ou comandante da embarcação que o trouxer de o ir mesmo apresentar logo no Real Palácio apenas chegar, e vindo também distribuído em caixões de duas arrobas cada um. Além da sobredita porção de café, recomenda sua Alteza Real a V.EXª., que veja se pode mandar também anualmente algumas arrobas do melhor café de Moca[4], com o mesmo resguardo, e sobrescrito acima indicado.

    Deus guarde a V. EXª. Palácio de Queluz em 2 de março de 1800. D. Rodrigo de Souza Coutinho[5] = Senhor Francisco Antonio da Veiga Cabral[6]

     

    Resposta

    Ilustríssimo, e Excelentíssimo Senhor

    Em execução da Real ordem de sua Alteza Real o príncipe regente nosso senhor, remeto pela nau de viagem Marialva cinco caixotes, com dez arrobas do café de Goa, e mais dois caixotes um deles com duas arrobas do café de Moca, e outro com arrobas do café de Balagate[7], tudo acondicionado o me que coube no possível na presença do capitão de mar e guerra Antonio Joaquim dos Reis Portugal, a quem vão encarregados os ditos sete caixotes, com as recomendações que sua Alteza Real foi servido determinar.

    A ilustríssima e excelentíssima pessoa de V. Excelência. Guarde Deus ms. asGoa[8] a 10 de maio de 1801. Ilustríssimo e excelentíssimo senhor d. Rodrigo de Souza Coutinho. Francisco Antonio da Veiga Cabral.

    Diogo Vieira de Tovar e Albuquerque[9]

     

    [1]PEDRO I, D. (1798-1834): batizado como Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, d. Pedro I era filho de d. João VI e de d. Carlota Joaquina. Tornou-se herdeiro da Coroa portuguesa após a morte do primogênito Antônio, recebendo o título de príncipe real no mesmo ano da sagração de d. João como rei de Portugal, em 1816. Casou-se com a arquiduquesa da Áustria, Carolina Josefa Leopoldina em 1817, que veio a falecer no Brasil nove anos depois. Contraiu segundas núpcias com a duquesa alemã Amélia Augusta em 1829. Com o retorno da família real a Portugal, em 1821, d. Pedro tornou-se príncipe regente do Brasil. Os planos políticos que as cortes de Lisboa destinavam ao Brasil levaram d. Pedro a romper definitivamente com Portugal, proclamando a independência do Brasil em setembro de 1822, quando foi sagrado e coroado imperador e defensor perpétuo do Brasil. O reinado de d. Pedro I (1822-1831) foi marcado por acontecimentos importantes como a convocação e dissolução da Assembleia Constituinte (1823); a outorga da primeira constituição do Brasil (1824); a criação do Conselho de Estado e a Guerra Cisplatina (1825-1828). Com a morte de d. João, em 1826, d. Pedro ascendeu ao trono, recebendo o título de Pedro IV. Forçado a abdicar em favor de sua filha primogênita, Maria da Glória, nomeou seu irmão d. Miguel como regente. Em 1831, foi a vez de d. Pedro abdicar do trono no Brasil, em favor do seu filho Pedro de Alcântara. A esta altura o monarca já havia dado várias demonstrações de seu caráter autoritário, a exemplo da dissolução da Assembleia Legislativa e do afastamento dos irmãos Andrada do governo por defenderem ideias consideradas radicais como o fim da escravidão e a limitação dos poderes do imperador. Os empréstimos com a Inglaterra, conflitos internos e a Guerra da Cisplatina agravaram a situação financeira do recém-criado Império, além das disputas entre os grupos políticos formados pelos partidos português, brasileiro e radical, que incendiavam ainda mais o contexto instável do governo e contribuíam para a impopularidade do imperador que, também no aspecto pessoal, era visto como boêmio e mantinha um famoso caso extraconjugal com a marquesa de Santos. Todos esses fatores levaram à abdicação do trono brasileiro e, ao regressar a Portugal, d. Pedro assumiu a liderança nas lutas contra seu irmão pelo trono. Amante da música, d. Pedro I compôs o hino da Carta (posteriormente adotado como hino nacional português até 1910) e o hino da independência do Brasil. Morreu tuberculoso em 1834.

    [2]CAFÉ: planta de origem etíope da família das rubiáceas, começou a ser utilizada como bebida na Arábia. A expansão do consumo pela Europa deu-se entre os séculos XVII e XVIII, por suas qualidades estimulantes. Consta que sua introdução no Brasil, em 1727, foi feita pelo oficial português Francisco de Melo Palheta, que plantou as primeiras mudas no Pará. Ao longo do século XX, o café tornou-se uma bebida popular e seu consumo e produção se expandiram, principalmente a partir de 1865, quando passou a ser comercializado torrado e empacotado (anteriormente era vendido em grãos). Destacam-se no Brasil duas grandes fases de expansão cafeeira. A primeira, no início do Oitocentos até os anos 1850, teve início nas encostas do morro da Tijuca em plantações caseiras, até a expansão por todo o vale do rio Paraíba do Sul, a leste e oeste, com foco na região da cidade de Vassouras, o maior centro produtor da época. Nestas regiões, o café iniciou seu grande desenvolvimento pela abundância de terras férteis, pelo bom clima e pela mão de obra escrava disponível. Ocupou o lugar das plantações de cana, algodão e alimentos, gerando escassez e carestia dos gêneros de abastecimento, além de ter promovido a derrubada e queimada de grandes extensões da mata atlântica. A segunda fase, que se iniciou a partir de metade do século XIX, após a proibição do tráfico de escravos, foi marcada pela expansão das lavouras para São Paulo, seguindo o vale do Paraíba e avançando pelo oeste paulista, depois de 1870. A grande demanda de mão de obra promoveu um aumento no preço dos cativos e um despovoamento das áreas de produção de açúcar no Nordeste, sobretudo. As lavouras do café no Rio de Janeiro e de São Paulo gerou significativas divisas, e uma nova, poderosa e politicamente forte aristocracia rural, a dos “barões do café”. Embora lucrativo, o plantio do café desgastava muito rapidamente o solo, razão para a constante movimentação nas áreas de cultivo e declínio da produção na região fluminense. Outro problema era a carência do uso de novas técnicas e instrumentos. A adoção de ferramentas como o arado e de máquinas a vapor para o beneficiamento, e mesmo de procedimentos simples como o enfileiramento dos pés, só foram adotados a partir dos anos 1870. Essa era uma das razões para o café brasileiro ser considerado de qualidade inferior, se comparado ao de outros países, o que não impediu, no entanto, que, ao longo do período imperial, o Brasil fosse o responsável por 50% da produção mundial, número que aumentou para 75% nas primeiras décadas da República.

    [3]ASSAZONADO: assazonar ou sazonar significa amadurecer, tornar mais saboroso, temperar; neste caso o café mais assazonado é o café mais maduro, que está no ponto de colheita.

    [4]CAFÉ MOCA: o café Moca (ou Moka, ou ainda Mocha) é uma variedade superior de café da espécie Coffea arabica, que era comercializada pelo porto de Moca, na península arábica, atual Iêmen. Entre os séculos XVI e XVII Moca foi um dos mais importantes mercados de café do mundo, sendo a esta época, a principal cidade do território otomano. Os portugueses já conheciam o porto desde o século XV, quando iniciaram as navegações pelo mar Vermelho, e posteriormente tornaram-se importadores e consumidores do café oriundo daquela região, bem como outros países da Europa. O café dessa região, que recebeu o mesmo nome, tem o grão um pouco menor e mais redondo do que outros do tipo arabica, e embora nativo da região da Etiópia, adaptou-se bem e foi muito cultivado na província arábica. Conhecido principalmente pelo sabor peculiar que lembra o do chocolate, o café Moca é muito consumido até hoje no mundo, e diversas vezes o termo é usado para descrever não exatamente o café desta qualidade de grão, mas a bebida, café comum ao qual se adiciona chocolate.

    [5]COUTINHO, RODRIGO DE SOUZA (1755-1812): afilhado do marquês de Pombal, este estadista português exerceu diversos cargos da administração do Império luso, como o de embaixador em Turim, ministro da Marinha e Domínios Ultramarinos (1796-1801) e presidente do Real Erário (1801-3). Veio para o Brasil em 1808, quando foi nomeado secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, permanecendo no posto até 1812, quando faleceu no Rio de Janeiro. D. Rodrigo foi aluno do Colégio dos Nobres e da Universidade de Coimbra, tendo viajado pela Europa e mantido contato com iluministas como o filósofo e matemático francês Jean Le Rond d’Alembert, um dos organizadores da Encyclopédie. Considerado um homem das Luzes, destacou-se por suas medidas visando a modernização e o desenvolvimento do reino. D. Rodrigo aproximou-se da geração de 1790, vista como antecipadora do processo de Independência, e foi o principal idealizador do império luso-brasileiro, no qual a centralidade caberia ao Brasil. Sob o seu ministério, o Brasil adquiriu novos contornos com a anexação da Guiana Francesa (1809) e da Banda Oriental do Uruguai (1811). Preocupado com o desenvolvimento econômico e cultural, bem como com a defesa do território, Souza Coutinho foi um partidário da influência inglesa no Brasil, patrocinando a assinatura dos chamados “tratados desiguais” de que é exemplo o Tratado de Aliança e Comércio com a Inglaterra [ver Tratados de 1810]. Responsável pela criação da Real Academia Militar (1810), foi ainda inspetor-geral do Gabinete de História Natural e do Jardim Botânico da Ajuda; inspetor da Biblioteca Pública de Lisboa e da Junta Econômica, Administrativa e Literária da Impressão Régia; conselheiro de Estado; Grã-Cruz das Ordens de Avis e da Torre e Espada. Em 1808, o estadista recebeu o título nobiliárquico de conde de Linhares.

    [6]PIMENTEL, FRANCISCO ANTÔNIO DA VEIGA CABRAL DA CÂMARA (1733-1810): nascido em Bragança, no seio de uma família fidalga, os Veiga Cabral, prestou importantes serviços militares ao Reino. Foi nomeado pelo vice-rei marquês de Lavradio, em 1778, governador e capitão-general da capitania de Santa Catarina, logo após a assinatura do Tratado de Santo Ildefonso (1777), quando a ilha foi restaurada ao governo português, permanecendo no cargo até 1779. Em 1792 exerceu o lugar de comandante das tropas do Estado português na Índia, até que, em 1794, foi nomeado governador e capitão-general do Estado das Índias, posto que ocupou até 1806. Embarcou com a Corte portuguesa para o Rio de Janeiro, e foi conselheiro de guerra de d. João entre 1808 e 1810, quando o príncipe regente lhe concedeu o título de visconde de Mirandela. Faleceu neste mesmo ano, no Rio de Janeiro.

    [7]BALAGATE: a região conhecida pelos portugueses, até o século XIX, como Balagate (ou Balaghat) é a que compreende o antigo reino do Bijapur (um dos 5 sultanatos do Decão que ocuparam a península índica entre os séculos XV e XVII), hoje aproximadamente o estado de Madhya Pradesh. A cidade de mesmo nome situa-se atualmente no extremo nordeste do estado, no interior do território hindu. A oeste do território ficava a cidade de Goa, alvo de disputa por séculos entre os muçulmanos e portugueses, que conseguiram manter o controle da cidade, capital do Estado português na Índia, e do porto, principal local de exportação de produtos orientais para o ocidente. Da região do Balagate vinham principalmente os tecidos baratos de algodão, geralmente de cor azul e branca, que ficaram conhecidos pelo mesmo nome da região que os produzia. Para os portugueses, o Balagate era a região que ficava além dos Gates (Ocidentais), cordilheira de montanhas que atravessa longitudinalmente o território oeste da Índia, e que separa as cidades litorâneas, como Goa, do interior. Provavelmente o café do Balagate não provinha de uma cidade ou região específica daquele estado, mas da região central da Índia, além da cadeia dos Gates, e era exportada para Portugal e seus domínios pelo porto de Goa.

    [8]GOA, DIU E DAMÃO:  foram as maiores cidades do Estado português da Índia, grandes centros comerciais e polos receptores de gêneros e matérias-primas das outras regiões, a serem redistribuídos pelo Império luso. Embora os portugueses tenham se espalhado pela costa da Índia, foram essas as três regiões que permaneceram pontos ativos do império atlântico até o século XX (reconquistadas em 1961). Goa, a maior dessas cidades, situada na costa do Malabar, foi desde o século XV, a sede das possessões no sudeste asiático. Conquistada em 1510 por Afonso de Albuquerque, era uma região estratégica, cercada de áreas de produção agrícola, recebia a maior quantidade de navios e cargas de outros pontos da península e proporcionava aos portugueses o controle de comércio do oceano índico. Goa foi um dos vértices do comércio luso no Atlântico – assim como Luanda, Lisboa, Salvador e Rio de Janeiro – e, embora o comércio com as possessões lusas na Índia tivesse entrado em decadência a partir do século XVIII (devido aos grandes gastos com guerras para mantê-las e ao contrabando, que diminuía consideravelmente os lucros da Coroa), a cidade permaneceu o ponto forte de Portugal na região. Ao longo do período colonial, os navios carregados de tecidos e outros produtos “finos” (como porcelanas e especiarias) da Índia deixavam os portos de Goa em direção a Luanda e, depois de uma escala em Salvador, iam para Lisboa, onde chegavam praticamente descarregados. A maior parte desses tecidos era vendida diretamente para os comerciantes destas cidades (o que levou ao aumento de impostos e à proibição da escala no Brasil). Depois da abertura dos portos do Brasil em 1808, o comércio com Lisboa enfraqueceu mais ainda, já que os navios eram diretamente direcionados para a África e depois para o Rio de Janeiro, de onde seriam redistribuídos para o restante do Império. Diu e Damão, localizadas respectivamente na costa de Guzerate e no golfo de Cambaia (ambos parte da região do Guzerate), mais ao norte da costa ocidental, foram peças-chave, desde o século XVI, no fornecimento de gêneros para o comércio metropolitano, sobretudo de tecidos de algodão, os mais finos reservados para envio a Lisboa por Goa, e os mais grosseiros a serem exportados para Moçambique, em troca de marfim, âmbar, ouro, escravos, entre outros.

    [9]ALBUQUERQUE, DIOGO VIEIRA DE TOVAR: o desembargador Diogo Vieira de Tovar e Albuquerque nasceu em 1775, natural da vila de Molelos, e frequentou a Universidade de Coimbra, tendo-se formado na faculdade de Leis em 1797. Em 1807, depois de exercer a função de Opositor naquela Universidade desde 1803, recebeu a nomeação de desembargador da Relação de Goa, e serviu no Estado da Índia até 1815, tendo lá sido também procurador da Coroa e Fazenda e secretário Geral do Estado. Regressou a Portugal como desembargador da Casa de Suplicação, mas em 1818 seguiu para Madri, onde, além de tutor do infante d. Sebastião, atuou como conselheiro da legação portuguesa. Em 1823 voltou a Portugal, onde ocupou diversos cargos e presidiu comissões até 1834, quando se retirou da vida pública depois da mudança do regime político. Foi fidalgo da Casa Real, comendador das ordens de Cristo e da Conceição e conselheiro do Rei. Há dúvidas sobre a data de seu falecimento, entre os anos de 1846 e 1847.

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    CAVALCANTI, Nireu. O Rio de Janeiro setecentista: a vida e a construção da cidade – da invasão francesa até a chegada da Corte. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004. 

    FERREIRA, A. R. Viagem filosófica pelas capitanias do Grão Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá. Memórias Antropologia. Rio de Janeiro: Conselho Federal de Cultura, 1974. 

    FRAGOSO, João Luís Ribeiro Fragoso. Homens de grossa aventura: acumulação e hierarquia na praça mercantil do Rio de Janeiro (1790-1830). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1992. 

    FRAGOSO, João; GUEDES, Roberto e KRAUSE, Thiago. A América portuguesa e os sistemas atlânticos na época moderna: monarquia pluricontinental e Antigo Regime. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 2013.

    MARTINS, Ana Luiza. História do café. São Paulo: Contexto, 2008.

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    TAUNAY, Affonso. Pequena história do café no Brasil (1727-1937). Rio de Janeiro: Departamento Nacional do Café, 1945.

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